terça-feira, 30 de dezembro de 2008

METABOLISMO AERÓBIO

O sistema aeróbio requer 60 a 80 segundos a fim de produzir energia para a ressíntese de ATP em ADP+P. A frequência cardíaca e a taxa respiratória precisam aumentar suficientemente para transportar a quantidade necessária de oxigênio para as células musculares, promovendo a degradação do glicogênio na presença do oxigênio (por isso, ocorre a hiperventilação no início de atividades aeróbias). O glicogênio é a fonte de energia utilizada para a ressíntese de ATP, tanto no metabolismo anaeróbio lático quanto no metabolismo aeróbio. O metabolismo aeróbio, no entanto, degrada o glicogênio na presença de oxigênio, produzindo pouco ou nenhum ácido lático, capacitando o atleta a continuar o exercício.
O metabolismo aeróbio é a fonte primária de energia para eventos que duram de 2 minutos a 2-3 horas. O trabalho prolongado acima de 2-3 horas pode resultar na degradação de ácidos graxos e proteínas para a restauração dos estoques de ATP, uma vez que os estoques disponíveis foram depletados.
A taxa de reposição de ATP pelo atleta é limitada por sua capacidade aeróbia ou pela taxa máxima de consumo de oxigênio. A especificidade do treinamento com o desporto praticado, baseado na duração e na fonte de energia utilizada, irá auxiliar os especilaistas em treinamento desportivo a criar melhores programas de treinamento e a calcular corretamente os intervalos de recuperação entre as sessões de treinamentos, conforme são as pausas de uma partida de futebol. Essa fonte de energia é utlizada no futebol de 0-10%.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

METABOLISMO ANAERÓBIO LÁTICO

Para eventos intensivos com duração de aproximadamente 40 segundos (200 a 400 metros), o metabolismo anaeróbio alático fornece a energia que, após 8 a 10 segundos, é substituída pelo metabolismo anaeróbio lático. Tal metabolismo degrada o glicogênio armazenado nas células musculares e no fígado, liberando energia para ressintetizar ATP a partir de ADP + P. Pela ausência de oxigênio durante a degradação do glicogênio, um subproduto denominado ácido lático é formado. Quando um exercício de alta intensidade é prolongado, grandes quantidades de ácido lático acumulam-se no músculo, causando a fadiga e, eventualmente, provocando a paralisação da atividade.
Podemos observar esse fenômeno nas partidas de futebol, onde muitas vezes os atletas não têm o tempo suficiente para recuperar as energias. Por isso ouvimos muitas pessoas comentarem que o atleta ainda não adquiriu a forma física ideal. Pois, quanto mais condicionado fisicamente o atleta estiver melhor ele irá desempenhar o seu papel dentro das quatro linhas e não sofrer pelo acúmulo de ácido lático nos músculos. A utilização dessa fonte de energia no futebol é de aproximadamente 20%.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

METABOLISMO ANAERÓBIO

O metabolismo anaeróbio refere-se ao sistema o ATP-CP, também chamado , de metabolismo anaeróbio alático, visto que o ácido lático não é produzido por esse metabolismo, ocorrendo o metabolismo dos fosfagênios e o metabolismo do ácido lático.
O metabolismo anaeróbio alático, tendo em vista que os músculos podem armazenar apenas uma pequena quantidade de ATP, a depleção energética ocorre rapidamente em uma atividade vigorosa. Em resposta, a Creatina Fosfato (CP) ou Fosfocreatina, que também é estocada na célula muscular, é decomposta em Creatina (C), e Fosfato (P). A energia liberada é utilizada para a ressíntese de ADP + P em ATP. Há, uma vez mais, a transformação para ADP + P, causando a liberação de energia para ser utilizada diretamente na contração muscular, porém, o organismo utiliza essa energia para ressintetizar ADP + P em ATP.
Como o CP é armazenado em quantidades limitadas na célula muscular, esse sistema pode suprir as demandas energéticas por somente 8 a 10 segundos. Essa é fonte principal de energia para a atividade extremamente rápidas e explosivas, como os piques máximos no futebol, saltos do goleiro e para cabeceios.
O metabolismo anaeróbio alático corresponde de 60 – 80% no futebol. E é, a principal forma de treinamento para os goleiros.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

COMO SE PODE RECONHECER UM TALENTO?

"A resposta mais plausível para esta pergunta é aquela que se baseia no poder do desempenho acima da média e que se destaca. Quando alguém, precocemente, na idade infantil, destaca-se por desempenhos, superando outros da mesma idade ou mesmo mais velhos, então é considerado um talento. Isto é assim, com músicos, com jogadores de xadrez, artistas e com modalidades científicas, como também nos esportes. Cada área, arte, esporte e ciência, tem seus superdotados, que aparecem precocemente com desempenhos que sobressaem. Alguns deles comprovam este destaque de desempenho precoce mediante desempenhos de vida excepcionais, outros não.
O conceito, especialização precoce, que na realidade significa um desempenho que se destaca precocemente em uma modalidade esportiva específica, e que se atualiza na competição, está na discussão do talento de maneira mais negativa, apesar de que o público em geral se deixe fascinar de bom grado e prontamente pelos desempenhos infantis.
Um nível de desempenho acima da média, evidentemente, não é suficiente, apesar das opiniões populares do dia-a-dia sobre isso para o reconhecimento de talentos. Na discussão científica, também está atrelada com esse critério a idéia de desistências precoces do desenvolvimento do esporte de alto nível, assim como a suposição de que desempenhos individuais de ponta não sejam precocemente, alcançáveis de maneira duradoura pelos especializados. Com ceticismo justificado, portanto, é tratado na discussão do talento o desempenho inicial esportivo. No centro do interesse está o desempenho final possível. Desempenho final possível, entretanto significa focalizar mais o aspecto da promoção e assim, se e como esse desempenho inicial se modifica, se deixa aumentar e como ele está disponível individualmente na competição. " (Joch, 2005 p.45)
Então, a tarefa de buscar e descobrir novos talentos para o futebol é uma caminhada muito longa e repleta de situações imprevisíveis, pois você pode estar diante de um futuro craque e não apostar nele devido há algumas peculiaridades que no momento podem interferir negativamente na avaliação. E assim, um talento se perde (ou é descoberto por outra pessoa), sendo assim muita atenção com todos os meninos que gostam de jogar futebol.

domingo, 30 de novembro de 2008

MIOGLOBINA: O DEPÓSITO DE OXIGÊNIO DOS MÚSCULOS

A mioglobina, uma proteína globular que contém ferro nas fibras dos músculos esqueléticos e do músculo cardíaco, proporciona o armazenamento intramuscular de oxigênio. A molécula contém um arcabouço peptídico embutido com o grupo heme e seu Fe2+ metálico. As fibras moleculares avermelhadas (tipo I), possuem uma alta concentração desse pigmento respiratório, enquanto as fibras deficientes em mioglobina parecem pálidas ou brancas (tipo II). A mioglobina assemelha-se à hemoglobina, pois também forma uma combinação reversível com o oxigênio, entretanto, cada molécula de mioglobina contém somente um átomo de ferro, enquanto a hemoglobina, em contraste, contém quatro átomos. (McArdle e Katch, Katch, 2001, p. 288).
Descobrir quais são os tipos de fibras musculares predominantes nos músculos principais da modalidade esportiva é de suma importância para a eleboração de um programa de treinamento bem sucedido, e que possa vir dar resultados na prática esportiva de qualquer atleta, pois a especificidade do programa de treinamento desses grupos musculares fará com que o atleta obtenha ótimos resultados nas competições nos momentos mais criticos. Assim, o tornando um atleta diferente dos demais participantes.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

TRANSPORTE DE OXIGÊNIO NO SANGUE

Existem compostos metálicos no sangue de muitas espécies de animais que funcionam no sentido de aumentar sua capacidade de transportar (carrear) oxigênio. O pigmento protéico globular que contém ferro denominado hemoglobina que é carreado dentro das hemácias dos seres humanos. Cerca de 280 milhões de moléculas de hemoglobina se concentram em cada uma das mais de 25 trilhões de hemácias existentes no corpo. A hemoglobina "captura" e transporta temporariamente cerca de 197 ml de oxigênio em cada litro de sangue. Mais de 99% do oxigênio do sangue é transportado pela hemoglobina nos eritrócitos.
Um treinamento de resistência aumenta o volume plasmático e da hemoglobina total. Por isso, programas de treinamento de resistência não podem faltar na rotina de esportistas de qualquer modalidade e de todas as idades.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

TRABALHOS DE FORÇA ESTÁTICA NO MOTOCROSS

Como no motocross a intensidade da carga ultrapassa o limiar do metabolismo anaeróbio, e chegam próximas (ou até) superiores que 90% do VO2 máx., assim, fica caracterizada à participação das fontes anaeróbias de energia e das fibras musculares de contração rápida. Altas concentrações de lactato no interior das células podem perturbar a estrutura e as funções das mitocôndrias.
Para o aumento das capacidades anaeróbias aláticas ligadas ao aumento das reservas fosfóricas macroenergéticas (fosfagênios) são mais empregadas as cargas de curta duração (5 seg. a 10 seg.) e de intensidade máxima. Intervalos significativos de (2 min. a 3 min.) permitem a recuperação dos fosfatos macroenergéticos e evitam a ativação máxima das fontes aláticas de energia, não são capazes de levar ao esgotamento de mais de 50% das reservas energéticas aláticas do músculo. Para o esgotamento quase total das fontes anaeróbias aláticas e consequente aumento das reservas de fosfatos macroenergéticos, é preciso um trabalho de intensidade máxima durante 60 seg. a 90 seg., ou seja, um trabalho de alta eficácia, para aperfeiçoamento do processo de glicólise (Di Prampero, Di Limas, Sassi, 1980 apud Platonov, 2008 p. 250). Esses trabalho são ótimos para o aumento da resistência periférica dos antebraços, responsáveis por um grande trabalho muscular durante as baterias e onde grande partes dos pilotos de motocross sofrem de fadiga pelo "Arm Pump".
Cargas específicas colocam o piloto em condição de apresentar capacidades funcionais mais elevadas em comparação com cargas não-específicas, durante as sessões de treinamento. Treine sempre o mais próximo possível da realidade da bateria, exercícios tem que ser muito parecidos com os movimentos executados com a moto. Desta forma, você vai passar para um novo patamar, o de disputar as baterias e não apenas participar!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

CAPACIDADE ANAERÓBIA E CATECOLAMINAS EM CRIANÇAS

Segundo BAR-OR (1991) a capacidade de desempenho anaeróbio absoluto de uma criança de 8 anos é de 45-50% e de um jovem de 14 anos de 65-70% (relativo ao peso corporal).
Deve-se, entretanto estar atento ao fato de que a concentração de lactato em crianças, em função de sua baixa capacidade de lactacidermia é 45% menor do que em jovens de 17-18 anos, mas a concentração de adrenalina é 25% maior em crianças do que em jovens! Por esta razão, um grande aumento na concentração dos hormônios do desempenho (hormônios do estresse) não deve ser interpretada como não fisiológica ou como sobrecarga. Uma razão para isto é que não parece significativo empregar crianças e jovens a cargas tão próximas de seus limites fisiológicos e mobilizar seu desempenho de reservas precocemente. O alto índice de desisitência entre os jovens chama a atenção para o fato de que um treinamento muito duro, anaeróbio não corresponde ao treinamento adequado à idade (Weineck, 2003 p. 207).
Observando as atividades lúdicas de crianças, verifica-se que estas têm a tendência de se ocupar intensamente mas por um curto período de tempo em suas atividades. Em jogos de "pega-pega" são acionados alguns princípios que ajudam a prevenir a sobrecarga anaeróbia da lactacidermia: os piques (área em que a criança não pode ser pega) proporciona a recuperação necessária. As crianças comportam-se desta maneira de acordo com suas condições fisiológicas, respeitando-as sem conhecê-las.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A IMPORTÂNCIA DA INTELIGÊNCIA

"Cinco dias antes do jogo todos os jogadores sabem quem vai jogar de início. Pelos treinos que realizam ao longo da semana percebem igualmente de que forma vão jogar e qual a tática a utilizar para o adversário em questão". (José Mourinho, apud Lourenço, 2003).
"Num jogador inteligente, sim. Não vou pela cultura, porque a sua aquisição nada tem a ver com a inteligência. Uma metodologia orientada em função de grandes objetivos em que há uma relação íntima entre o modelo de treino e o modelo de jogo, no qual, os jogadores, para perceberem o modelo de treino, têm de perceber o modelo de jogo. Quem é inteligente assimila mais depressa as coisas. Os outros podem interiorizar isso através da repetição sistemática de determinados exercícios durante os treinos. São induzidos nesse sentido. Mas a inteligência acelera o processo de adquirir esses objetivos. " (Mourinho, 2001).
Com essas citações podemos ver o quanto a inteligência é importante para o futebol. Sendo assim, se começarmos a estimular essas inteligências desde cedo nos nossos alunos (10 anos) podemos ter uma ótima leva de futuros jogadores com uma inteligência acima dos das gerações anteriores.
Mas como estimular isso? Nos meus treinos estou utilzando a técnica do xadrez, embasado na neurogênese. Enquanto alguns alunos realizam um treino físico ou tático, outros vão até uma sala onde tenho dois tabuleiros de xadrez e eles tem 6 minutos para disputarem uma partida de xadrez, após o termíno do tempo mudam-se os grupos e o treino segue o mesmo e o jogo de xadrez fica do mesmo jeito, assim quem estava lá fora tem que continuar a partida. Isso é muito usado com os pilotos de fórmula 1, quando tem treinos extenuantes. Isso melhora sua concentração e inteligência.
Nos coletivos não estou mais usando os coletes, pois assim os meninos tem que memorizar os seus colegas e estimula a sua orientação espacial e precisam levantar a cabeça para realizar os passes. Fundamento raro ultimamente.
E também estou propondo situações de resolução de problemas táticos. Não apenas explanando, mas tentando fazer os alunos resolverem os problemas táticos dos jogos.
Desta forma, acredito que estou contribuindo para uma boa formação de futuros jogadores de futebol e de futuros cidadãos conscientes e críticos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O SIGNIFICADO DO REPERTÓRIO DE MOVIMENTOS

Segundo Weineck (2003), um fator adicional para o desenvolvimento e para a qualidade das capacidades coordenativas é o repertório de movimentos (experiências de movimentos) de um atleta.
Isto se deve ao fato de que todo movimento sempre é executado sobre conhecimentos anteriores de coordenação (todo novo movimento é aprendido como se fosse variação de um movimento previamente aprendido e dominado). Quanto maior for o "repertório de movimentos" de um atleta, maior será o nível de movimentos automatizados.
Esta capacidade de combinação de movimentos capacita o esportista a empregar os movimentos aprendidos de forma oportuna e muito mais eficaz. Sem a necessidade de despender muita energia e atenção. O que é primordial para o esporte.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

PRINCÍPIO DA SOBRECARGA PROGRESSIVA

Segundo Weineck (2003, p.30) o princípio da sobrecarga progressiva (crescente) resulta de uma relação entre estímulos, adaptação e aumento da sobrecarga. De acordo com este princípio as exigências feitas ao atleta devem ser aumentadas sistematicamente quanto aos seguintes parâmetros: condicionamento, coordenação, técnica, tática, força de vontade, etc. Se as sobrecargas se mantiverem constantes por um período muito longo, elas perdem sua eficácia na indução do aumento do desempenho (equívoco do princípio da sobrecarga eficaz). Sobrecargas constantes contribuem somente para a manutenção do desempenho já adquirido, mas não para o seu aumento. O intervalo entre o aumento dos estímulos deve obedecer à idade física do atleta, à sua idade biológica, ao tempo de treinamento (tempo após a adoção de um treinamento constante e regular) e ao nível do desempenho esportivo.
Este princípio deve ser usado nos treinamentos a longo prazo com crianças e jovens que esperam um dia alcançar o nível de maestria esportiva.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TERCEIRA LEI: DESENVOLVER FORÇA CENTRAL ANTES DOS MEMBROS

O resultado do entendimento inadequado do princípio da especificidade é que os especialistas em treinamento voltam grande parte de sua atenção para o desenvolvimento de braços e pernas. Essa interpretação errônea ocorre porque os atletas praticam a maioria dos esportes com os braços e as pernas. Portanto, muitos treinadores concentram-se no fortalecimento desses dois segmentos do corpo, acreditando que quanto mais fortes, mais eficientes serão.
Embora seja verdade que pernas e braços são os responsáveis pela realização de todas as habilidades esportivas, o tronco é o elo entre eles. As pernas e os braços são tão fortes quanto o tronco! O tronco mal desenvolvido resulta em apoio insuficiente para as pernas e os braços que se exercitam muito.
Programas de treinamento de força a longo prazo não devem se preocupar apenas com os braços e as pernas, mas também incluir a musculatura abdominal, lombar e da coluna vertebral (Core). Consequentemente, ao preparar programas de treinamento para jovens atletas, sobretudo durante a pré-puberdade e puberdade, os exercícios devem começar a partir da região central do corpo e trabalhar em direção às extremidades (lei de desenvolvimento próximo-distal). Ou seja, antes de fortalecer pernas e braços, concentre-se no desenvolvimento do elo entre eles, o apoio, os grupos musculares centrais do tronco.
A musculatura abdominal e das costas sustentam o tronco com inúmeros músculos, cujos feixes passam em várias direções e circundam a área central do corpo. Esse fato proporciona apoio potente e seguro para a ampla variedade de movimentos físicos.
Os músculos das costas são os longos e curtos, que passam ao longo da coluna vertebral e trabalham com os músculos diagonais e rotadores, como se fossem uma unidade, participando na curvatura lateral, movimento do tronco e rotação.
Músculos abdominais são os anteriores, laterais e oblíquos que podem tracionar em direções opostas por meio de fibras que atravessam a parede abdominal, permitindo ao tronco inclinar-se para a frente, para o lado, executar rotação e torção. Os abdominais têm funções importantes em várias habilidades esportivas. Portanto, quando fracos podem restringir a eficácia de atletas em muitas atividades.
Passando pela flexibilidade, adaptação anatômica e desenvolvimento central, podemos garantir ótimos estímulos de força, essa sequência tem uma progressão de cargas baixas e elevadas, com a maior sendo a força máxima a partir dos 18 anos. Quando o jovem atleta experimentar essas cargas, ele já terá uma boa base com cargas menores. Essa progressão garante a adaptação boa e longa resultando em atletas sem lesões.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

SEGUNDA LEI: DESENVOLVER FORÇA DOS TENDÕES ANTES DA FORÇA MUSCULAR

A força muscular sempre melhora mais rapidamente do que a capacidade dos tendões de suportar tensão e a resistência dos ligamentos de preservar a integridade dos ossos que formam as articulações. O mau uso do princípio da especificidade e a falta de uma visão de longo prazo fazem com que muitos especialistas em treinamento e técnicos enfatizem constantemente apenas exercícios específicos para determinada modalidade esportiva. Consequentemente, não prestam atenção ao fortalecimento geral de ligamentos, sobretudo em idade precoce, quando não há necessidade de correr contra o tempo.
Atletas fortalecem tendões e ligamentos por meio de um programa elaborado para obter a adaptação anatômica (para adaptar progressivamente a anatomia do jovem atleta). Os tendões inserem os músculos nos ossos. Sua principal função é transmitir a tração ou o esforço que a contração muscular gera contra o osso, que move determinada articulação. O treinamento de força vigoroso sem adaptação anatômica adequada de tendões e ligamentos, pode resultar em lesões de inserções musculares (tendões) e de articulações (ligamentos). Tendões e ligamentos podem ser submetidos ao treinamento, fazendo com que seu aumento (em diâmetro) eleve sua capacidade de suportar tensão e laceração. Semana que vem, concluo as leis do treinamento de força na infância e juventude.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

LEIS DO TREINAMENTO DE FORÇA

Três leis básicas devem construir um bom programa de treinamento de força. Essas regras se aplicam a todos os envolvidos no treinamento de força durante os estágios de crescimento e desenvolvimento, mas são de especial importância para o jovem atleta que começa a caminhar em direção ao alto desempenho.
Primeira lei: Desenvolver Flexibilidade de Articulação: a maioria dos exercícios de treinamento de força, sobretudo aqueles que empregam pesos livres, usam toda a amplitude de movimento das principais articulações, principalmente joelhos, tornozelos e quadris. Por exemplo, em agachamento profundos o peso da barra comprime os joelhos e pode causar distensão e dor se o atleta não tiver boa flexibilidade na articulação do joelho. Se esses exercícios forem usados no treinamento de crianças, a carga precisa ser muito pequena para evitar distensão.
Em uma posição de agachamento profundo, a falta de boa flexibilidade no tornozelo força o atleta a permanecer sobre as pontas dos pés e dedos e não sobre a planta dos pés, que assegura uma boa base de apoio e equilíbrio. Portanto, desenvolver boa flexibilidade do tornozelo durante a pré-puberdade e puberdade precisa ser uma preocupação geral. Consequentemente, atletas buscam o desenvolvimento de flexibilidade como estratégia de prevenção de lesões assim como por seu próprio benefício. Começa-se na pré-puberdade e puberdade, mantendo-a até os estágios finais do desenvolvimento esportivo. Semana que vem relatarei sobre a segunda lei.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

TREINAMENTO DE FORÇA E POTÊNCIA NA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Em termos simples, define-se força como a capacidade de aplicar esforço contra uma resistência. Ela melhora o desempenho e a execução de várias habilidades esportivas. Todas as habildades que os atletas precisam desempenhar contra resistência serão beneficiá-los com a melhora da força. No esporte, a resistência é produzida pela água na natação e no remo, força da gravidade na corrida no salto e motocross, e pelo adversário nas lutas e nos esportes coletivos.
O treinamento de força para crianças é um assunto polêmico. No passado, desencorajavam-se as crianças de usar pesos por medo de lesão ou interrupção prematura do processo de crescimento. Porém, estudos recentes mostram que o risco de lesão é pequeno e que o treinamento de força pode ajudar a preveni-la (Bompa, 2002, p.107). A maioria das lesões em atletas ocorre em ligamentos e tendões. Uma progressão bem elaborada do treinamento de força resultará no fortalecimento dos ligamentos (que mantêm unidos os ossos que formam as articulações) e os tendões (que sustentam os músculos aos ossos) e, em consequência, permitirá ao atleta lidar melhor com os esforços do treinamento e das competições. Além de ajudar a prevenir lesões, o treinamento de força também proporciona base sólida para os estágios finais dos atletas de alto rendimento.
Segundo Bar-Or e Goldberg, (1989) outra concepção errada sobre o treinamento de força é que ele se aplica apenas a fisiculturistas ou levantadores de peso. Como se demonstrou nas últimas duas décadas, muitos atletas melhoraram seu desempenho mais rapidamente utilizando o treinamento de força do que apenas desempenhando a habilidade da modalidade esportiva escolhida. O treinamento de força é parte integral do treinamento de alguns atletas que trabalham comigo e estão na infância e adolescência: futebol e motocross.
Porém, a filosofia mudou tanto, que algumas pessoas acreditam que ninguém pode ser rápido antes de ser forte; ninguém consegue aumentar a altura de um salto ou tempo de saída (reação) sem o treinamento de força; e ninguém é capaz de arremessar um bola sem possuir braços fortes.
Antes de iniciar um programa de treinamento de força, a criança deve se submeter a um exame físico minucioso, que determinará qualquer doença potencial (como problemas cardíacos) que possam impedi-la de praticar o treinamento de força ou qualquer tipo de treinamento físico. Com a autorização do médico, as crianças com certas incapacidades mentais ou físicas podem participar de programas de treinamento de força seguros e conduzidos por profissionais qualificados.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

DESENVOLVIMENTO MULTILATERAL

É importante que as crianças desenvolvam várias habilidades fundamentais, que a ajudarão a se tornar bons atletas em geral, antes de começarem a treinar em determinado esporte. Isso se chama desenvolvimento multilateral e é um dos princípios de treinamento mais importante para crianças e jovens.
O desenvolvimento multilateral, ou de habilidades múltiplas, é comum nos países do leste Europeu, onde há escolas de esportes que oferecem programas de treinamento básico. As crianças que as frequentam desenvolvem habilidades fundamentais como correr, saltar, arremessar e apanhar bola, dar cambalhotas e equilibrar-se. Elas se tornam extremamente bem coordenadas e adquirem habilidades fundamentais para o sucesso em muitas modalidades esportivas individuais e coletivas, como atletismo, basquetebol, futebol, etc. A maioria dos programas também inclui a natação, pois ajuda as crianças a desenvolverem a capacidade aeróbica enquanto minimiza as tensões físicas sobre as articulações.
Se encorajarmos as crianças a desenvolverem diversas habilidades, provavelmente serão bem- sucedidas em várias atividades esportivas, e algumas terão vontade e inclinação para se especializarem e desenvolverem ainda mais seus talentos. Quando isso ocorre, precisamos lhes proporcionar a orientação e as oportunidades necessárias. É preciso anos de treinamento para se tornar um atleta de primeira classe, por isso precisamos dar a esses jovens atletas, que buscam a excelência, um planejamento sistemático a longo prazo e baseado em princípios científicos e sólidos.
O objetivo do desenvolvimento multilateral é melhorar a adaptação geral. Crianças e jovens que desenvolvem várias habilidades e aptidão motora estão mais propensos a se adaptarem a cargas de treinamento elevadas, sem experimentar tensões associadas à especilaização precoce, e tem um treinamento mental mais apropriado para os momentos mais delicados do esporte.
Talvez com essa explicação, algumas pessoas possam entender a campanha do Brasil nas Olimpíadas de Pequim!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

VOCABULÁRIO MOTOR

A aprendizagem de novos movimentos no decorrer da vida está ligada à maturação funcional do organismo, de seus órgãos e especialmente à maturação do sistema nervoso central (SNC). A obtenção de novos movimentos está condicionada às experiências de movimentos adquiridas até esse momento. Na aprendizagem motora não há nenhuma nova aquisição absoluta. A bagagem das experiências de movimentos anteriores é conservada por meio da memória das experiências, a chamada "memória dos movimentos", que se enriquece cada vez mais. O repertório de movimentos é um fator determinante, porque cada movimento, por mais novo que seja, é sempre executado com base em velhas combinaçãoes de coordenação.
Um novo aprendizado se faz tanto mais fácil e rapidamente quanto mais se dispõe de uma vasta experiência de movimento e de uma ampla quantidade de habilidades. Em toda técnica esportiva, fixam-se as experiências e o conhecimento do passado, o que determina a aplicação de procedimentos já existentes. É isso que os treinadores de crianças e adolescentes deveriam ter em mente quando procuram imitar o comportamento técnico dos melhores ou as técnicas que consideram ideais. Quanto mais subsídios motor as crianças tiverem, maior será o seu vocabulário motor e com isso, muito mais ela poderá render em qualquer atividade esportiva.
É bom lembrar que a maturação funcional e a experiência de movimento não podem ser consideradas separadamente. Organismo e meio ambiente, estão em permanente efeito recíproco. O organismo e os órgãos, especialmente o cérebro, são "amadurecidos" funcionalmente na atividade, na adequação ativa ao ambiente, isto é, pelos movimentos. Porém, os movimentos são melhores e mais econômicos à medida que a função do cérebro também é melhor, mais diferenciada, mais precisa. A relação entre maturação e formação do movimento se produz no processo da aprendizagem.
O desenvolvimento e a formação do movimento determinados por fins, tarefas e objetivos representam um processo unitário. A aprendizagem motora não se realiza somente com base numa certa maturidade funcional do organismo, ela condiciona e ativa, por sua parte, essa maturação.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

FADIGA NEUROMUSCULAR

A fadiga representa o declínio na capacidade de gerar tensão (força) muscular com a estimulção repetida. Esta definição inclui também alterações perceptivas com maior dificuldade para conseguir um resultado desejado no exercício submáximo ou máximo (caso do futebol). A fadiga das unidades motoras resulta de muitos fatores complexos, cada um dos quais se relaciona às demandas específicas do exercício que a produz. Esses fatores interagem para afetar finalmente a excitação, a contração ou ambas.
As contrações musculares voluntárias exibem quatro componentes principais listados na seguinte ordem de hierarquia no sistema nervoso:
  1. Sistema nervoso central (SNC)
  2. Sistema nervoso periférico (SNP)
  3. Junção neuromuscular
  4. Fibra muscular

A fadiga resulta de uma interrupção na cadeia de eventos entre o SNC e a fibra muscular, seja qual for a razão.

À medida que a função muscular se deteriora durante o exercício submáximo prolongado, o recrutamento adicional de unidades motoras mantém a produção de força necessária para a atividade. No exercício explosivo, que ativa presumilvemente todas as unidades motoras, uma redução na atividade neural (quando medida pelo eletromiograma, ou EMG) acompanha a fadiga. A atividade neural reduzida apóia o argumento de que a fadiga no esforço máximo resulta de uma falha na transmissão neural e mioneural.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

INICIAÇÃO DESPORTIVA UNIVERSAL

Essa é a melhor fase para o aprendizado. É a fase que procura-se desenvolver todas as capacidades motoras e coordenativas de uma forma geral, criando uma base ampla e variada de movimentações que ressaltam o aspecto lúdico. Nesta faixa etária, o ensino-aprendizagem-treinamento deve ser administrado conforme a idade e o nível de experiência motora. A ação do processo de ensino-aprendizagem-treinamento deveria ser voluntária, não atropelando outros possíveis interesses (a criança pratica o esporte que quiser, sem imposições!). Esta fase tem uma duração de 3 a 6 anos. A Iniciação Desportiva Universal (IDU) é uma alternativa pedagógica importante para a faixa etária entre os 4-6 anos aos 11-12 anos. O jogo como elemento didático-pedagógico deverá ser oferecido conforme as características evolutivas da criança, especialmente no que se refere à sua maturidade e evolução coordenativo-cognitiva. A criatividade do professor é necessária para encaminhar as atividades e não podemos esquecer da espontaneidade das crianças que costumam ser grandes ajudantes. Coordenar significa também trabalhar com, junto com e para o colega, desenvolver a coordenação, implica em trabalhar as capacidades que compõem este complexo de forma isolada, e após, em forma combinada. Exemplo: equilíbrio e capacidade de mudança, acoplamento com equilíbrio e pressão de tempo, entre outras infinitas combinações. Somente tendo esta base é que podemos estabelecer na faixa etária dos 10-12 anos o começo da iniciação tática nos esportes.
O treinamento infantil, indiferente se na escola ou em uma equipe, deve ser generalizado e variado, afim de satisfazer a necessidade infantil de movimento, a curiosidade infantil e sua necessidade de variação. Somente assim um treinamento pode despertar a motivação e o entusiasmo infantil. E assim, podemos colher grandes frutos em várias modalidades esportivas, com atletas bem preparados para o alto rendimento.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

CREATINA E FUTEBOL

A creatina é um composto orgânico nitrogenado que está presente no músculo esquelético e que cumpre um papel fundamental no metabolismo energético, como substrato (na forma de fosfocreatina PCr) para a formação de trifosfato de adenosina (ATP) e é encontrada em carnes e peixes. O ATP é, a energia livre liberada durante a combustão de carboidratos e lipídios que pode ser armazenada no organismo na forma desse composto.
A partida de futebol apresenta características intermitentes, com alternâncias entre as fases ativas (ralis, tempo de bola em jogo) e as fases passivas (jogadores parados ou em deslocamento de baixa intensidade).
Estudos mostram, que a distância média total percorrida por um jogador independente da sua posição é de 8.690 metros durante uma partida de futebol. Sendo 36,8% (3.187 m) trote, 24,8% (2.159 m) caminhada, 20,5% (1.810 m) corrida em velocidade submáxima, 11,2% (974 m) sprint (corrida em velocidade máxima) e 6,7% (559 m) corrida para trás. Mas, existe a queda de rendimento físico durante o jogo, Bangsbo (1991), afirma que a média da distância total percorrida durante o primeiro tempo foi de 5% maior quando comparada com o segundo tempo.
Neste sentido, a creatina vem sendo utilizada como um recurso ergogênico para atletas de futebol, pois favorece alguns efeitos como:
-Capacidade de esforço e da velocidade de repetição do esforço;
-Força e/0u potência;
-Performance durante sessões de esforço com contração muscular máxima.
Isto é muito importante para equipes de pequeno e médio porte de futebol, que por ventura, perdem seu rendimento no segundo tempo das partidas e não sabem o que pode estar acontecendo. A alimentação e a ingestão de liquídos dos atletas pode estar insuficiente e os treinamentos podem não estar sendo individualizados aos atletas que estão perdendo o rendimento. Por isso, atletas tem que ser bem orientados para que rendam o seu máximo durante todo o tempo da partida. Alimentação e hidratação combinados com o treinamento específico por posição são igual a ótima performance.

terça-feira, 22 de julho de 2008

CAMINHADA PELA MELHORA

Médicos estão recomendando aos seus pacientes, além de remédios alguns minutos de caminhada durante a semana.
Pois, qualquer atividade física mobiliza todo o organismo, contrai e relaxa a musculatura, auxilia na produção de hormônios e neurotransmissores que atuam como medicamentos naturais. E a caminhada ganha preferência, por ser um exercício natural e não necessitar de um aparato grande para a sua prática.
Mas a prática da atividade física (neste caso específico a caminhada) precisa ser realizada no mínimo três vezes por semana, para o aumento da produção de hormônios e neurotransmissores.
Apesar de ser um exercício natural, a caminhada necessita de alguns cuidados para não ser uma atividade que possa causar danos a saúde:
Para aumentar a velocidade da caminhada, aumente o número de passos, e não o tamanho da passada. Passos muito largos forçam a movimentação dos quadris e podem provocar distensão na virilha.
Escolha roupas e tênis adequados, prefira roupa próprias para atividades físicas como, agasalhos, camisetas confortáveis, e um tênis que seja flexível e tenha sola mais larga nas laterais. Repare sempre se o calçado não está deformado. Coloque-o em uma superfície plana e verifique se ele não inclina para um dos lados. Se isso acontecer é hora de ir ao sapateiro ou comprar um novo. E tênis também tem vida útil, se você for fazer dois dias consecutivos de caminhada é melhor ter dois pares, pois, o que você usou no dia anterior precisa descansar para manter a qualidade das suas articulações.
Escolha lugares planos e pavimentados para caminhar. Superfícies irregulares aumentam o risco de lesão.
Durante os exercícios, os braços devem ficar flexionados em um ângulo de 90 graus e em movimento. Isso ajuda a acelerar a frequência cardíaca, melhora o equilíbrio e evita o inchaço das mãos.
Pisar sempre com o calcanhar primeiro, evite pisar com o pé inteiro no chão (chapado), o impacto excessivo desgasta as articulações. Coloque primeiro o calcanhar no chão, depois a sola e, por último, a ponta dos dedos.
Agora é só convidar a turma para um passeio, colocar o assunto em dia e a sua saúde também agradece. Boa caminhada.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

TDA/H CAUSA PERDA DE 22 DIAS DE TRABALHO POR ANO

Adultos com a síndrome do déficit de atenção e/ou hiperatividade (TDA/H) perdem até 22 dias de trabalho por ano, segundo pesquisa coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da qual participaram cerca de 7 mil trabalhadores com idade entre 18 e 44 anos de vários países.
O distúrbio foi diagnosticado em 3,5% da amostra, em sua maioria homens e de países desenvolvidos. O total de dias perdidos por ano foi categorizado da seguinte forma: 8,4 dias de ausência no trabalho; 21,7 dias com quantidade de trabalho reduzida e 13,6 dias em que a qualidade do trabalho foi prejudicada.
Os autores, que fazem parte de um consórcio de pesquisa entre a OMS e a Universidade Harvard, recomendam que o distúrbio seja incluído nos programas de saúde ocupacional das empresas, pois o tratamento existe, é eficaz e seu custo é muito menor que as perdas em produtividade.
E, uma das precauções é a prática de atividades físicas, que produzem hormônios que ajudam no controle desse distúrbio.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

SOBRECARGA UTILIZANDO PESO CORPORAL

Segundo Barbanti (2005, p.141) uma forma muito particular de preparação muscular é o treinamento com sobrecarga natural, que tanto nas formas gerais quanto nas específicas se caracteriza pela utilização exclusiva do peso do corpo. Aplicado com posições variadas, pode ser utilizado para o desenvolvimento harmônico de todo o corpo e de todas as capacidades motoras. Um outro aspecto do treinamento que utiliza exercícios com o peso corporal é a possibilidade de utilizar muitas variações, o que solicita e desenvolve várias capacidades coordenativas, principalmente a coordenação motora. Esse tipo de exercício não exige espaço apropriado ou equipamento sofisticado. É um meio de treinamento simples que, com a correta dosagem da intensidade, pode ser muito útil para a formação do esportista, sem risco para o seu aparelho locomotor.
Reconhecem-se também algumas desvantagens, como a dificuldade de utilizar essa forma para a força máxima ou para a força rápida e resistência de força, num porcentual elevado de sobrecarga. Também não permite graduação precisa da sobrecarga. Mas, nas atuais circunstâncias de escolas e clubes, é bastante razoável acreditar que supre uma deficiência de equipamentos e espaços por parte de nossa juventude.
Essa froma de treinamento com sobrecarga natural (peso do corpo) é considerada a "base" do condicionamento físico, portanto a primeira etapa antes da utilização dos métodos mais específicos, próprios do esporte praticado.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

PROFILAXIA DE LESÕES

A chave para um condicionamento esportivo de sucesso é um programa de treinamento de força bem elaborado, que promova um desenvolvimento balanceado dos principais grupos musculares. Embora os esportes diferentes tenham exigências de condicionamento diferentes, os atletas jovens devem completar um programa de condicionamento muscular geral antes de começar um treinamento específico do esporte. Por meio, primeiramente, de um desenvolvimento de níveis de força altos em todos os grupos musculares importantes, os atletas reduzem enormemente o risco de lesões. Por outro lado, se os indivíduos trabalharem somente os grupos musculares mais usados em um esporte ou num evento atlético particular, esses músculos mais usados ficarão mais sujeitos a lesões por excesso de uso. e os músculos não treinados ficarão mais propensos a lesões traumáticas.
Os principais grupos musculares a serem trabalhados são:
Membros Inferiores: músculos quadríceps, isquiostibiais e glúteos (grandes músculos propulsores da coxa);
Tronco: músculos eretores da coluna (região lombar), reto abdominal e os oblíquos;
Parte Superior do Corpo: músculos peitoral maior, grande dorsal e deltóides;
Braços: músculos bíceps e tríceps;
Pescoço: músculos flexores e extensores e trapézios superiores.
Todos esses grupos musculares devem ser trabalhados através de exercícios com pesos livres (halter leves), faixa elástica e medicine ball. Mas tudo isso, com um bom acompanhamento profissional. Temos que fazer o melhor para orientar e garantir um bom desenvolvimento esportivo aos nossos alunos, sem uma interrupção prematura da sua vida esportiva e por que não da sua carreira promissora.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

DICAS PARA O PENSAMENTO CRIATIVO

Descobrir e Espantar-se: procure todos os dias encontrar algo que cause admiração. Pessoas especialmente criativas conservam por toda a vida espírito investigativo e curiosidade infantil. Diante disso, é importante questionar até os conhecimentos que parecem seguros. Anotando o que lhe pareceu inusitado e estranho, você poderá fortalecer sua percepção.
Motivação: nem todo tema ou toda atividade entusiasmam as pessoas na mesma medida. No pensamento criativo a motivação precisa estar em ordem, já que é preciso fazer alguns esforços. A inspiração aparece sobretudo quando uma área prende muito a atenção. Fundamente o que realmente quer fazer. Assim que sentir uma centelha de interesse, siga a pista. E se algo não o motiva, melhor manter distância.
Coragem e Liberdade de Pensamento: rotina e formas de pensar estanques integram o time dos arquiinimigos da criatividade. Frases como "mas sempre fizemos assim..." acabam de vez com a motivação. Os princípios também podem tornar-se barreiras ao pensamento. A criatividade exige a coragem de suplantar proibições ao pensamento e de olhar mais de perto idéias que em princípio parecem despropositadas, isso tudo sob o signo do inconformismo.
Tranquilidade e Descontração: embora pessoas criativas sejam frequentemente ativas, raramente são agitadas. Reserve um pouco de tempo para sonhar acordado e refletir, aí podem vir as melhores idéias. Procure oportunidades para relaxar e aproveite-as de maneira consciente. Pressão é algo que bloqueia a atividade criativa. Quem está à procura de uma idéia e para encontrá-la martiriza o próprio cérebro logo acaba levando o próprio pensamento a um beco sem saída.

domingo, 8 de junho de 2008

UMA POSIÇÃO CARENTE

Como já comentei na semana passada, laterais são difíceis de serem formados! Em quase todo mundo, o lateral de qualidade representa uma peça rara do futebol. Não é para menos! O lateral de hoje tem a difícil função tática de ocupar com eficiência uma faixa de campo muito grande. Ao mesmo tempo que se exige dele que marque o flanco defensivo, que geralmente é muito explorado pelo adversário, espera-se também que o lateral avance com qualidade para fazer as jogadas de linha de fundo no ataque. São muitas atribuições táticas para apenas uma peça. Ou os técnicos encontram alternativas para preencher as beiradas do campo ou terão cada vez mais dificuldades para descobrir laterais que atendam aos sistemas táticos atuais.
Um argumento hoje muito utilizado nas melhores equipes do mundo é a escalação de dois jogadores atuando sistematicamente nas laterais do campo e revezando-se entre as ações defensivas e ofensivas do setor. Mesmo que tenham funções mais defensivas ou ofensivas um em relação ao outro, ambos estão se alternando quase que exclusivamente nas ações daquela zona do campo. É uma maneira inteligente de cobrir com eficiência a extensa área que costuma ficar a cargo de apenas um jogador. Sempre que necessário, um desses homens, principalmente o que joga mais avançado, volta pelo meio para ajudar a ocupar os espaços livres jogando e marcando.

domingo, 1 de junho de 2008

COMO FORMAR LATERAIS?

Essa foi uma das indagações que cheguei no curso de aperfeiçoamento que fiz na semana passada em Curitiba. Os profissionais do Clube Atlético Paranaense que ministraram o curso, responderam que essa é uma pergunta bem difícil de ser respondida, devido à escassez de laterais no futebol mundial. Mas após muito conversamos, chegamos a um consenso de que, os sistemas e esquemas táticos estão acabando com os laterais.
Muitos técnicos têm utilizado meias e volantes nas laterais. E isso tem causado sérios problemas com a atuação dos laterais de origem em algumas equipes do nosso futebol.
Como trabalho em uma escola de formação de talentos para o futebol e mesmo sabendo que o futebol é um esporte extremamente democrático, onde todos os biótipos podem praticar, temos que ter algum parâmetro:
Laterais
Características físicas: as qualidades físicas que destacamos são, estatura a qual deveria situar-se entre 1,65 metro a 1,75 metro, resistência, velocidade, coordenação e agilidade.
Características técnicas: desarme, antecipação, domínio de bola, precisão no passe e nos cruzamentos, domínio dos espaços e recuperação.
Características táticas: as principais qualidades táticas de nossos laterais devem ser: entrosamento com os companheiros, noção de cobertura e colocação. Estas são as mais marcantes qualidades a serem desenvolvidas e para as quais devemos estar sempre atentos, treinando e aperfeiçoando-as sempre que possível.
Características psicológicas: podemos citar como qualidades mais desejadas: a coragem, a determinação, a agressividade, a iniciativa e o controle emocional.
Tendo identificado algumas dessas características em algum menino durante os treinamentos, nós profissionais da área temos a obrigação de expor isso para o menino e de alguma forma, orientá-lo para que se dedique a essa posição tão importante e carente em nosso esporte. E nunca esquecer, o grande segredo da formação é a habilidade motora!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

DIFERENÇA ENTRE ESQUEMA TÁTICO E SISTEMA TÁTICO

É comum ouvirmos muitos comentaristas esportivos e até mesmo torcedores relatarem sobre a forma de seus clubes jogarem, e até sobre a seleção brasileira. Muitos falam, que a equipe teve uma esquema tático errado,ou sistema tático deficiente. E nisso, percebo que muitas vezes há uma troca das informações, uma confusão, ou melhor dissendo, de uma maneira equivocada, mencionam esquema e sistema significando a mesma coisa. As pessoas misturam os conceitos, sendo que, um é parte do outro.
Sistema Tático: é o conjunto das táticas que determinam as ações e características de uma equipe em campo. Compõe-se de idéia de jogo, desenho tático, esquematizações, variações, posturas, sistemas de marcação, detalhes táticos e estilo de jogo. Por convenção,adotam-se as denominações numéricas, 1-4-4-2, 1-3-5-2 ou 1-4-3-3 (eu considero o goleiro dentro do sistema tático), por exemplo, para nomear os sistemas táticos no futebol. O sistema tático ideal é aquele que traduz todas as necessidades de um time de futebol, numa idéia de jogo simples e objetiva.
Esquema Tático: é um elemento importante do sistema tático. Exemplificando, é uma movimentação de campo previamente determinada e treinada entre alguns jogadores e/ou setores da equipe. As esquematizações táticas são jogadas ensaiadas (faltas, escanteios, saída de jogo com o goleiro, etc.),que fazem parte de um contexto de táticas maior, denominado sistema. Portanto, é prudente não confundir os conceitos de sistema e esquema.

domingo, 18 de maio de 2008

TDA/H EM MENINAS

Quem nunca reparou em uma menina, sempre quieta em uma sala de aula ou em um treinamento de qualquer esporte. Mas, e o seu rendimento, é condizente ao seu comportamento? Todos se perguntam, por que ela nunca aprende? Pois, nunca conversa na aula (ou treino), não arruma confusões com os colegas, parece estar sempre entendendo tudo!

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H) tem sido, na atualidade, um dos temas mais pesquisados na área da psicopatologia infanto-juvenil. O transtorno está caracterizado por uma diversidade de sintomas, como: hiperatividade, déficit de atenção, impulsividade, agitação motora, falta de persistência na continuidade de tarefas, antecipação de respostas a questões não-concluídas, entre outros. Esses sintomas afetam tanto o desenvolvimento emocional e global da criança como sua adaptação social, acarretando, também, comprometimento no âmbito acadêmico, mesmo que essa criança apresente um nível normal de inteligência.

A literatura mais antiga indicava a predominância do TDA/H em meninos. Em 1968, Werry encontrou uma freqüência bem distinta de 9:1. Em um estudo mais recente, Biederman e colaboradores (2002) conduziram um estudo para examinar o impacto do gênero na apresentação clínica do TDA/H numa amostra referida de 140 meninos e 140 meninas com o transtorno, e 120 meninos e 122 meninas sem o transtorno. As meninas neste estudo apresentaram mais chances de ter o TDA/H do tipo desatento, menos co-morbidade de agressividade, agitação e menos problemas na escola, do que os meninos.

Sendo assim, pode estar aí uma possível explicação para o mau rendimento das meninas quietas e comportadas na escola e nos treinamentos de táticas (que esquecem de fazer o combinado durante os jogos). Pois, os meninos apresentam mais co-morbidades, do tipo: hiperatividade, agressivo, agitação motora, impulsividade. E chamam mais a atenção, (na escola e nos treinamentos) do que aquelas meninas comportadas, que tem um rendimento aquém do esperado pelas atitudes. Prestemos mais atenção nisso.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A ESCOLA BRASILEIRA

O Brasil é, indiscutivelmente o celeiro de craques do futebol mundial. A nossa mistura de raças, a paixão pelo esporte, a vivência que todos nós temos com essa cultura do futebol desde muito cedo, a irreverência do povo exacerbada na forma de jogar dos brasileiros e principalmente a nossa necessidade de superar obstáculos em todos os níveis da nossa vida esportiva faz a diferença em favor do atleta brasileiro.

Não é a toa que David Beckham fundou uma escola de formação aqui em nosso país. Nós temos o material humano. Por isso, temos que tomar o cuidado de não desperdiçar esses diamantes. Fazendo uma analogia com o artigo de Claudio de Moura Castro (colunista da Veja, da semana passada) com relação à educação. Nós temos que estar preparados, para lapidar esses diamantes, e fazer deles obras de preço incalculável. Mas para isso, temos que nos preparar teoricamente tanto ou melhor que os europeus, para podermos fazer uma instrução de base forte para os clubes posteriormente tenham atletas realmente prontos para poderem solucionar a grande maioria dos problemas que possam surgir dentro e fora das quatro linhas.
Temos que ter essa consciência, e não continuar sendo país colônia. Temos que mostrar nosso valor e tentar segurar esses meninos que todos os meses deixam nosso país para serem jogadores de futebol em categorias de base na Europa, América do Norte e Ásia. Depois aparecem nas telas de tv, mas por aqui ninguém nunca os viu jogar.
Sendo assim, se conseguirmos isso seremos imbatíveis nesse esporte que mexe tanto com o nosso país e este na nossa cultura desde o berço. Espero que consigamos.

sábado, 10 de maio de 2008

PRINCIPAIS CAMPEONATOS DE FUTEBOL DO MUNDO

Começa neste sábado, mais uma edição do Campeonato Brasileiro de Futebol. Sendo considerado por muitos como um dos melhores campeonatos do mundo! Mas será que os números comprovam isso...
Pesquisas mostram, que o nosso campeonato é um dos que está entre os piores campeonatos no quesito faturamento. Tendo um faturamento no ano de 2005 de 0,6 Bilhões de Reais. Sendo que, o campeonato com maior faturamento no mesmo ano foi a Premier League Inglesa, com 5,1 Bilhões de Reais. Desta forma, os ingleses faturam quase nove vezes mais do que aqui. Para se ter uma idéia, do poderio financeiro dos ingleses. A segunda divisão do país, fatura 1,1 bilhão de reais por ano, só um pouco menos do que faturam os campeonatos principais do Brasil e Argentina juntos!
O campeonato da Argentina também fatura os mesmos 0,6 Bilhões de reais por temporada! O campeonato mexicano, 1 Bilhão de reais, o holandês 0,9 Bilhões de reais, o alemão 3,1 Bilhões de reais, o francês 2,3 Bilhões de reais, o italiano 3,6 Bilhões de reais, o português 0,6 Bilhões de reais, o espanhol 3,1 Bilhões de reais e o japonês 0,8 Bilhões de reais.
Nosso campeonato também foi o pior, no quesito jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo 2006:
Inglês - 108
Alemão - 72
Italiano - 65
Espanhol - 54
Francês - 53
Mexicano - 23
Português - 17
Japonês - 16
Argentino - 9
Brasileiro - 7
No quesito de disputa (equilibrado), com mais times que têm chance de ganhar o campeonato nós perdemos para os mexicanos. Calculando a diferença de pontos entre os primeiros e os últimos colocados da tabela, o mexicano é aquele em que a disputa realmente pega fogo.
Mas calma, nós temos um segundo lugar. Somos o país que tem, o segundo lugar com times que ganham mais títulos internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas. Perdemos somente, para nossos maiores rivais os argentinos. Eles têm 11 títulos e nós 10.
Então, se conseguimos ter um ótimo desempenho em campo, sem um forte respaldo financeiro, imaginem se tivessemos o mesmo faturamento do campeonato inglês! Mas o nosso problema todos sabem, temos más administrações, vendas de direitos de imagem barato demais, mídia exploradora, poder aquisitivo da população baixo demais e por aí a fora!
Mas quero enaltecer o trabalho dos profissionais que trabalham com o futebol no país, nós temos um grande respeito internacional na parte de preparação física (mais muito pouco divulgado e publicado), temos técnicos ótimos, fisiologistas ótimos, sem contar com o nosso material humano (jogadores) os mais presentes em times de todo o mundo. E sem dúvida, os melhores do mundo.
Então assitiremos há mais um campeonato brasileiro, sem ter aquela falsa ilusão de que somos os melhores que os números comprovam que estamos muito longe disso.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

NECESSIDADE DA GENERALIDADE DO TREINAMENTO SOB O PONTO DE VISTA PSICOLÓGICO

Um estudo de crianças superdotadas (indiferente se em esportes, física, matemática, etc) mostra que estas crianças não somente apresentam um elevado Quociente de Inteligência (QI), mas também são superdotadas em outras áreas.
Segundo Hagedorn (1992), estas crianças têm um vocabulário maior que o normal, têm um convívio social, são conscientes de seus valores, responsáveis, não são arrogantes, têm muitos hobbies e apresentam um comportamento normal em brincadeiras em grupo. São crianças ideais para serem treinadas devido à abertura para o mundo que apresentam e o interesse por tudo que as circunda.
Uma especialização precoce e a canalização prejudicam potenciais que poderiam ser melhor desenvolvidos para um outro lado.
Pais e treinadores que induzem precocemente as crianças a um treinamento especializado agem irresponsavelmente e somente considerando resultados a curto prazo.

sábado, 19 de abril de 2008

DOWNHILL PRA LAVAR A ALMA


A sensação de praticar um esporte em contato com a natureza é inexplicável! Mesmo estando sozinho, são momentos de extrema satisfação. Talvez porque, deixamos aquele clima de rotina urbana, que tanto nos massacra, essa sensação de liberdade, tranquilidade, barulho de pássaros, formigas pelo caminho, me deixam muito bem comigo mesmo.

O prazer de descer a trilha é sempre único, não interessa quantas vezes eu já a tenha percorrido. Cada descida é uma experiência nova, uma pedra que se soltou, um galho de árvore que caiu, um buraco de erosão novo feito pela chuva..., enfim, cada descida se torna um novo desafio a cada semana. Espero poder estar sempre com saudade para poder continuar a descer a trilha toda semana.

Não tem remédio melhor que praticar o downhill toda semana, isso me refresca a alma e recarrega as energias para a jornada de trabalho semanal.

Vida longa a todos os esportes que estão em contato com a natureza!

Quem não teve a opotunidade de praticar pratique, é uma sensação que não tenho palavras para descrever.

segunda-feira, 31 de março de 2008

AQUECIMENTO

O objetivo do aquecimento, é preparar o sistema neuromuscular, além do cardiovascular, de forma a criar os pressupostos fisiológicos adequados, o mais próximo da realidade do jogo ou da modalidade esportiva especifíca. Os pressupostos fisiológicos estão relacionados ao aumento da contratilidade dos músculos, ao aumento da temperatura muscular e corporal, à diminuição da viscosidade sanguínea, à mobilidade articular, à coordenação dos movimentos e à diminuição dos riscos de lesões nos músculos, tendões, ligamentos e articulações. Além disso, o aquecimento também auxilia na criação de um ótimo estado de predisposição psicológica. Assim, pode-se afirmar que o aquecimento consiste em um conjunto de exercícios físicos, especialmente selecionados, com a finalidade de preparar o organismo do atleta em níveis que incrementam a excitabilidade do sistema nervoso central, o que facilita o processo de excitação e ativação dos hábitos motores já adquiridos em condições complexas da atividade desportiva.
O número de repetições dos exercícios pode ser modificado, dependendo dos objetivos do aquecimento, do nível de preparação dos atletas, das particularidades dos exercícios, da temperatura ambiente, da possibilidade de conservação da roupa utilizada (piloto de motocross) e de outros fatores. A sequência de execução dos exercícios deve ser iniciada do grupamento muscular menor para o maior, o que permite um aumento da temperatura corporal de forma gradativa.

segunda-feira, 24 de março de 2008

POWERBALL

A mais nova sensação nos boxes das corridas de motocross, supercross e downhill do país é o POWERBALL.
É um cilindro de plástico que dentro tem uma bola acionada por um fio, essa começa a girar em torno de seu próprio eixo e produz uma força gravitacional. Os pilotos a acionam em suas mãos e tentam embalar essa bola dentro do cilindro o mais rápido possível, assim ela produz um força gravitacional que pode chegar até 18 Kg.
Esse é o mais novo aquecimento muscular para os antebraços antes das baterias. É um trabalho muscular bem intenso, trazendo grandes benefícios para os pilotos, que mantem um trabalho de resistência muscular no local das competições.

segunda-feira, 3 de março de 2008

LÍQUIDOS PARA A PRÁTICA DO FUTEBOL

A água é um componente vital para quem se exercita, representando 60% a 65% do peso corporal total.
Se os atletas perdem líquido demais pelo suor e não repõem o que perderam, tanto de líquidos quanto de importantes eletrólitos (como sódio e potássio), correm o risco de se desidratar.
A desidratação pode diminuir a energia e prejudicar o desempenho. Mesmo uma perda de 2% do peso corporal pelo suor (1,5 Kg para um jogador de 75 Kg) pode representar uma desvantagem para o atleta.
Os jogadores de futebol devem conhecer sua taxa de sudorese. Como a taxa de sudorese pode variar dependendo do indivíduo, clima e intensidade do exercício, a comissão técnica deve medir:
  • Quanto peso perderam os jogadores durante o exercício (em gramas)
  • Qual volume de líquidos consumidos durante o exercício (em ml)
  • A quantidade que devem ingerir de líquidos para repor as perdas de suor

Os jogadores de futebol, principalmente aqueles que treinam de maneira bastante árdua duas vezes por diapodem se manter hidratados se:

  • Lembrarem de líquidos o dia todo. Isso pode ser tão simples quanto começar o dia com uma bebida esportiva e depois usar um garrafa d´agua como estímulos para continuar a ingerir líquidos no restante do dia;
  • Ingerirem líquidos antes dos treinos, jogos e eventos. Os atletas devem ter como objetivo consumir ao menos 500 ml de líquidos 2 a 3 horas antes da prática de atividade física e ingerir outros 250 ml, 10 a 20 minutos antes de entrar em campo;
  • Beberem em intervalos regulares (15 a 20 minutos) durante treios e jogos. Bebidas esportivas podem ajudar a evitar a desidratação e cãibras musculares porque ajudam a repor eletrólitos (sódio e potássio) perdidos pelo suor sem se hiper-hidratar.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

DOWNHILL

Uma das mais técnicas e emocionantes modalidades do mountain bike (MTB), consiste na descida de montanhas por estradas de terra, trilhas e outros obstáculos. As provas oficiais reconhecidas pela União Internacional de Ciclismo (UCI) são realizadas da seguinte maneira: um a um, os atletas descem um percurso prederterminado, que geralmente é bastante acidentado e tem de 2 a 5 Km de distância. Quem completar o percurso no menor tempo é o vencedor.
Para ter um bom desempenho nessa modalidade, além de ter talento e coragem e um ótimo equipamento. Você precisa trabalhar o seu Core. Um Core (nome que designa o conjunto de músculos abdominais, dorsais e estabilizadores da coluna). O fortalecimeto do core dá condições de praticar o downhill ou o motocross (são modalidades bem parecidas) por mais tempo e sem se contundir. Isso pode ser feito trocando o banco de exercícios na academia pela bola de exercícios.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

EDUCAÇÃO FÍSICA E ATIVIDADE FÍSICA CONSCIENTIZADORA

As aulas de Educação Física no âmbito escolar têm muito a proporcionar aos educandos. Deixando de ser apenas uma aula que os alunos deixam a posição sentada e dar um descanso para seu cérebro.
Pessoas sedentárias, têm muitas doenças que poderiam ser evitadas com a simples prática diária de 30 minutos de atividade física continua ou intervalada (por exemplo 3 períodos de 10 minutos). Isso proporciona ao seu sistema imunológico defesas naturais e uma sensação de bem estar consigo mesmo.
Várias doenças que vem acometendo a população mundial (algumas genéticas outras não) podem em alguns casos, serem evitadas com a prática de atividade física, ou até mesmo terem seus sintomas amenizados por causa dela, se forem realizados desde uma tenra idade.
A aula de Educação Física e Atividade Física Conscientizadora têm um intuito de informar aos educandos sobre algumas doenças que podem ser prevenidas, ou ter seus sintomas amenizados no futuro. Mas além disso, principalmente informar, sobre os riscos destas enfermidades, que na sua grande maioria, já afeta alguns familiares ou amigos próximos destes educandos. Enfermidades como hipertensão arterial, obesidade, diabetes (tipo I e II) e osteoporose. Serão temas do projeto, e junto com esses temas, que vamos desenrolar outros tópicos como: hábitos alimentares, estilo de vida (ativo ou sedentários), horas de sono.
Desta forma, propomos um maior engajamento por parte dos educandos, na disciplina Educação Física e mostrando que ela apesar de trabalhar com os membros externos (braços e pernas) mais visivelmente, internamente ela atua nos órgãos vitais, como cérebro, coração, pulmões, ossos. Dando um respaldo para o seu bom funcionamento.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

ESCOLA E CRIATIVIDADE

Faltam apenas alguns dias para iniciarmos o ano letivo de 2008, nós professores não podemos esquecer jamais que estamos no século XXI. Com isso, nossos ensinamentos, tem no mínimo que se preocuparem numa formação básica para nossos educandos viverem bem nesse século.
Temos que acabar com essa educação castradora, inibidora, uma vez que ensina à criança, desde muito cedo, a extensão de sua incapacidade, de sua falta de jeito e de talento. É na escola tradicional que se aprende que a habilidade para a pintura, canto e para artes, esportes, etc., é um privilégio para poucos, conscientizando-os (ou a grande maioria, dos alunos) de que não são capazes, de que não têm jeito.
Temos que contribuir para liberar, expandir e desenvolver as habilidades criativas, desmistificar essa idéia de que criatividade é um dom, privilégio de poucos, e assumir a responsabilidade e o importante papel, que nós professores temos no processo de crescimento do aluno e do desenvolvimento de suas habilidades criativas. O professor é efetivamente uma peça central, que tem um imenso poder e influência sobre o aluno, podendo contribuir tanto para o crescimento e expansão de suas habilidades, além de exercer influência significativa na construção de um autoconceito positivo, como, pelo contrário, exercitar o seu poder no sentido de dificultar este crescimento, prejudicando o aluno no processo de descoberta de si mesmo, de suas habilidades e potenciais.
Esta é a grande tarefa para nós educadores neste ano letivo, e nos posteriores. Espero que consigamos!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

ATLETIBA

Na tarde de ontem tivemos mais um grande encontro nos gramados, entre os dois times mais populares do Estado do Paraná. O Coritiba recebeu o Atlético-PR em seu estádio. Mas coisas muito ruins ainda continuam acontecendo quando essas duas equipes se enfrentam. Veículos de comunicação noticiaram que o ônibus da delegação atleticana a caminho do estádio foi apedrejado. Isso sem contar o que os veículos de comunicação não tem notícias.
Fatos como esse, me fazem pensar, qual será o motivo de tanta raiva para com pessoas que estão fazendo o seu trabalho, independente de qual agremiação estão defendendo!
Como educador de uma escola de formação de jovens talentos para o futebol do Clube Atlético-PR, tento mostrar aos meus alunos (indiferente de qual clube eles torçam) de que isso é um esporte, e não tem como haver dois vencedores dentro de uma partida. Mas sim, grandes vencedores na vida, por que o esporte através de sua forma disputa nos mostra que temos que ser perseverantes naquilo que almejamos e nunca desistir perante as barreiras que nos são impostas.
Com isso, deixamos pra lá nossas desavenças e vamos acompanhar os jogos sem maiores complicações, e que vença sempre o melhor em campo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

LEITE MATERNO E INTELIGÊNCIA

O que tem haver leite materno e inteligência? Estudo publicado por pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos e Nova Zelândia mostrou como a genética pode modular a relação entre aleitamento materno (uma influência ambiental) e quociente de inteligência (QI). Há tempos se sabe que crianças amamentadas no peito costumam obter, QI superior ao das que não tiveram a mesma oportunidade. Por trás desta correlação estão alguns lipídeos, que só existem no leite materno humano e com papel fundamental no desenvolvimento do sistema nervoso. Isto sugere que, para nossos ancestrais humanos, dos tempos que não havia mamadeira, tal perfil genético deve ter influenciado as diferenças individuais de inteligência. Então a máxima que prevalecia naquele tempo, de que só os fortes sobrevivem, pode através dessa descoberta ser modificada, só os que foram amamentados se sobressaem.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

PREPARAÇÃO FÍSICA NO MOTOCROSS

O motocross é um dos esportes que exige muito da condição física dos seus praticantes. Isso se dá, devido que o motocross é uma atividade de coordenação, que é aquela em que prevalece as atividades do sistema nervoso central (SNC) na regulação e no controle do movimento.
Sendo assim, durante uma bateria de motocross, se o piloto não tem uma condição física boa, o trabalho muscular relacionado a um alto desempenho coordenativo resulta também na denominada “fadiga central”, ou seja, fadiga dos centros de controle de coordenação do SNC, a fadiga e a sobrecarga sobrevêm com mais rapidez e, conseqüentemente, a redução da intensidade do movimento.
Assim o piloto que não presta muita atenção na sua condição física pode terminar sempre as competições de forma precoce e sem sentir a sensação de superar os seus adversários. Desta forma, a máquina humana tem que ser tão bem preparada quanto a moto.