segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TERCEIRA LEI: DESENVOLVER FORÇA CENTRAL ANTES DOS MEMBROS

O resultado do entendimento inadequado do princípio da especificidade é que os especialistas em treinamento voltam grande parte de sua atenção para o desenvolvimento de braços e pernas. Essa interpretação errônea ocorre porque os atletas praticam a maioria dos esportes com os braços e as pernas. Portanto, muitos treinadores concentram-se no fortalecimento desses dois segmentos do corpo, acreditando que quanto mais fortes, mais eficientes serão.
Embora seja verdade que pernas e braços são os responsáveis pela realização de todas as habilidades esportivas, o tronco é o elo entre eles. As pernas e os braços são tão fortes quanto o tronco! O tronco mal desenvolvido resulta em apoio insuficiente para as pernas e os braços que se exercitam muito.
Programas de treinamento de força a longo prazo não devem se preocupar apenas com os braços e as pernas, mas também incluir a musculatura abdominal, lombar e da coluna vertebral (Core). Consequentemente, ao preparar programas de treinamento para jovens atletas, sobretudo durante a pré-puberdade e puberdade, os exercícios devem começar a partir da região central do corpo e trabalhar em direção às extremidades (lei de desenvolvimento próximo-distal). Ou seja, antes de fortalecer pernas e braços, concentre-se no desenvolvimento do elo entre eles, o apoio, os grupos musculares centrais do tronco.
A musculatura abdominal e das costas sustentam o tronco com inúmeros músculos, cujos feixes passam em várias direções e circundam a área central do corpo. Esse fato proporciona apoio potente e seguro para a ampla variedade de movimentos físicos.
Os músculos das costas são os longos e curtos, que passam ao longo da coluna vertebral e trabalham com os músculos diagonais e rotadores, como se fossem uma unidade, participando na curvatura lateral, movimento do tronco e rotação.
Músculos abdominais são os anteriores, laterais e oblíquos que podem tracionar em direções opostas por meio de fibras que atravessam a parede abdominal, permitindo ao tronco inclinar-se para a frente, para o lado, executar rotação e torção. Os abdominais têm funções importantes em várias habilidades esportivas. Portanto, quando fracos podem restringir a eficácia de atletas em muitas atividades.
Passando pela flexibilidade, adaptação anatômica e desenvolvimento central, podemos garantir ótimos estímulos de força, essa sequência tem uma progressão de cargas baixas e elevadas, com a maior sendo a força máxima a partir dos 18 anos. Quando o jovem atleta experimentar essas cargas, ele já terá uma boa base com cargas menores. Essa progressão garante a adaptação boa e longa resultando em atletas sem lesões.

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