sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A IMPORTÂNCIA DA INTELIGÊNCIA

"Cinco dias antes do jogo todos os jogadores sabem quem vai jogar de início. Pelos treinos que realizam ao longo da semana percebem igualmente de que forma vão jogar e qual a tática a utilizar para o adversário em questão". (José Mourinho, apud Lourenço, 2003).
"Num jogador inteligente, sim. Não vou pela cultura, porque a sua aquisição nada tem a ver com a inteligência. Uma metodologia orientada em função de grandes objetivos em que há uma relação íntima entre o modelo de treino e o modelo de jogo, no qual, os jogadores, para perceberem o modelo de treino, têm de perceber o modelo de jogo. Quem é inteligente assimila mais depressa as coisas. Os outros podem interiorizar isso através da repetição sistemática de determinados exercícios durante os treinos. São induzidos nesse sentido. Mas a inteligência acelera o processo de adquirir esses objetivos. " (Mourinho, 2001).
Com essas citações podemos ver o quanto a inteligência é importante para o futebol. Sendo assim, se começarmos a estimular essas inteligências desde cedo nos nossos alunos (10 anos) podemos ter uma ótima leva de futuros jogadores com uma inteligência acima dos das gerações anteriores.
Mas como estimular isso? Nos meus treinos estou utilzando a técnica do xadrez, embasado na neurogênese. Enquanto alguns alunos realizam um treino físico ou tático, outros vão até uma sala onde tenho dois tabuleiros de xadrez e eles tem 6 minutos para disputarem uma partida de xadrez, após o termíno do tempo mudam-se os grupos e o treino segue o mesmo e o jogo de xadrez fica do mesmo jeito, assim quem estava lá fora tem que continuar a partida. Isso é muito usado com os pilotos de fórmula 1, quando tem treinos extenuantes. Isso melhora sua concentração e inteligência.
Nos coletivos não estou mais usando os coletes, pois assim os meninos tem que memorizar os seus colegas e estimula a sua orientação espacial e precisam levantar a cabeça para realizar os passes. Fundamento raro ultimamente.
E também estou propondo situações de resolução de problemas táticos. Não apenas explanando, mas tentando fazer os alunos resolverem os problemas táticos dos jogos.
Desta forma, acredito que estou contribuindo para uma boa formação de futuros jogadores de futebol e de futuros cidadãos conscientes e críticos.

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