segunda-feira, 2 de novembro de 2009

FUTEBOL: aspectos neurobiológicos

Todos nós sabemos que, quando tratamos de aprendizado este aprendizado ocorrerá no cérebro! Isto tem me chamado a atenção. Pois quando o assunto é o Futebol, parece que esta regra não entra nas discussões. Só ouço falarem em parte física, técnica e tática (esta mais no acaso, do que com propriedade). Pois bem, cadê o aprendizado referente ao cérebro!
Desta forma, seria conveniente estudarmos mais sobre dois assuntos (ou desafios) que são:
  • "Aprender a Aprender" e,
  • "Aprender a Ensinar".

Aprender é tecer possibilidades de transformação de si e do mundo ao redor, estabelecer prioriedades e encontrar soluções para as mais diversas questões do treinamento moderno sobre Futebol.

E o ensinar. Será que estão ensinando o Futebol certo...

O aprendizado referente ao cérebro significa que, o fluxo de informações provenientes dos sentidos e a interação dinâmica e constante com o meio determinarão, a seguir, como o cérebro irá se desenvolver, isto é, o que vamos aprender e que talentos desenvolveremos.

Nesta linha, quero dizer que além das três componentes que já foram citadas (física, técnica e tática) temos que ter um modelo de ensino para a compreensão do jogo. Por que, eu acredito, que o que eu conheço (entendo) fica mais fácil aprender. E nesse aprender, estará o colocar em prática durante as partidas. Assim desta forma, poderemos promover jogadores com mais identificação com aquilo que estão fazendo e terão mais prazer na sua execução.

domingo, 4 de outubro de 2009

PROGRAMA PARA A INSTRUÇÃO DAS CAPACIDADES COORDENATIVAS

PEQUENOS JOGOS - JOGOS ESPORTIVOS

Segndo Weineck, 2003, p.528
Os diversos tipos de jogos são úteis em diferentes proporções para o treinamento das capacidades coordenativas, pois neles há variações abruptas, rápidas e constantes das situações.
Os pequenos jogos são muito importantes no treinamento das capacidades coordenativas devido ao fato de preservar a complexidade da situação vigente em competições e a possibilitar a correção de falhas da coordenação. Além disto, pequenos jogos estimulam o desenvolvimento da coordenação e são especialmente adequados para o treinamento de crianças e de adolescentes.
Os grandes jogos prestam-se para o treinamento de movimentos concatenados. Paralelamente ao treinamento das combinações dos movimentos coordenados entre si, estes jogos permitem o treinamento destes movimentos sob condições normais ou dificultadas (adversários, exercícios com tempo pré-determinado, restrição de área disponível para a execução de movimentos).

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A ANÁLISE DO JOGO

"Fazer a leitura correta do funcionamento tático da equipe auxilia em muito na detecção dos problemas no sistema tático. A busca de soluções para o time de futebol passa pela criteriosa análise do rendimento do conjunto da equipe, dos setores em particular e da individualidade dos jogadores." (Drubscky 2003, p.102)
Considerando que o processo de treinamento é único e que deve ter em vista o jogo que se procura, este deverá então, ter por base o Modelo de Jogo consubstanciado num conjunto de princípios de ação que servirão de referência à condução do processo e que permitirão alcançar o objetivo de organização da equipe.
As decisões dos jogadores devem ter por base determinados princípios que constituirão, no seu conjunto, a lógica interna de funcionamento da equipe. Para que isto ocorra tem que se treinar tendo como principal prioridade a aquisição de hábitos referentes a uma determinada forma de jogar futebol, que pode ser promovida pela Periodização Tática.
Tendo tudo isso devidamente trabalhado, os treinadores poderão ter uma melhor análise de jogo e poderão substituir as peças que não estão de acordo com o Modelo de Jogo preestabelecido.
Lógico que está forma de trabalhar é para poucos hábeis profissionais que não acham que trabalho tático é "perfumaria".

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CRIATIVIDADE NO FUTEBOL

Wein (1999), quando questionado se o jogo livre sem qualquer objetivo ou norma concreta, pode ser válido como instrumento pedagógico e de treino, é categórico ao afirmar que sim, especialmente se for para estimular a criatividade dos jogadores.
O mesmo autor (2005) acrescenta ainda que, o professor/treinador deverá estimular frequentemente os jovens jogadores a eles próprios criarem um jogo, ou modificarem as regras do jogo proposto. Uma vez que, as frequentes trocas de regras, dadas a conhecer surpreendentemente durante o desenvolvimento do jogo, obriga os jogadores que querem ganhar, a adaptar-se e a serem criativos.
Se todos que trabalham com treinamento de crianças e jovens tiverem essa preocupação, poderemos ter uma luz no fim do túnel para a formação de jogadores criativos e mais inteligentes num futuro não muito distante.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

COMO EVITAR O "ADESTRAMENTO" DESPORTIVO

Para que possamos evitar o "adestramento" desportivo precisamos ter conhecimento das Funções Psicológicas Superiores (FPS), que segundo Fonseca, 2008 p. 382 são:
"... aquelas funções que caracterizam o funcionamento psicológico tipicamente humano, isto é, as ações conscientemente controladas e reguladas, a atenção voluntária, a memorização ativa, o pensamento abstrato, o comportamento intencional, etc., que se diferenciam dos processos mais elementares, como os reflexos, as reações automáticas ou as associações simples. Assim, com base nesta definição de FPS, é possível distinguir a psicomotricidade humana da motricidade animal (adestramento), algo muito importante em termos educacionais, reeducacionais, quando não se sabe definir muito bem a diferença entre a situação-problema mediatizada e a atividade física repetitiva e automática."
No processo ensino-aprendizado-treinamento, temos que dizer sempre aos atletas o que estamos fazendo e porque estamos fazendo isto. Quais são os princípios de jogo que estamos trabalhando, para que eles servem, para os atletas saberem exatamente aquilo que estão fazendo e o porquê de estar fazendo. Para que assim, possamos eliminar o sentido de um adestramento como é feito com os animais.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PERIODIZAÇÃO TÁTICA

Considerando que o processo de treino é único e que deve ter em vista o jogo que se procura, este deverá então, ter por base o Modelo de Jogo consubstanciado num conjunto de princípios de ação que servirão de referência à condução do processo e que permitirão alcançar o objetivo de organização da equipe.
As decisões dos jogadores devem ter como base determinados princípios que constituirão, no seu conjunto, a lógica interna de funcionamento da equipe. Para que isto aconteça tem que se treinar tendo como principal prioridade a aquisição de hábitos referentes a uma determinada forma de jogar futebol, que no meu entender e de acordo com pesquisas efetuadas é mormente facilitado e promovido pela Periodização Tática. Periodizar, significa dividir em espaços de tempo ou períodos de extensão ou duração variável, estabelecer períodos. À consecução deste objetivo não é alheia a uma intervenção competente e adequada do treinador ao longo do processo pois permite um direcionamento mais concreto e eficaz.
Para que possamos entender melhor, destaco:
  • Descrever os mecanismos inerentes ao processo e cumprimento dos princípios de jogo;
  • Indagar a cerca das formas de perspectivar este processo por parte dos treinadores no que se refere à intervenção específica; e
  • Possibilitar uma maximização da transferência dos conteúdos essenciais do treino para o jogo.

Aqueles que acreditam nessa tendência de planejar e organizar as suas sessões de treinamento, estão caminhando há passos largos para que os seus jogadores sejam mais preparados para as soluções de problemas durante uma partida de futebol.

domingo, 16 de agosto de 2009

ATACANTES

Estatura: 165 cm a 195 cm

Características Físicas
Velocidade, coordenação, agilidade, equilíbrio, velocidade de reação, impulsão e tempo de bola;

Características Técnicas
Manejo de bola, cabeceio, drible em profundida, penetração, finalização e visão periférica;

Características Táticas
Colocação, entrosamento com os companheiros, saber criar espaços, noção de impedimento, movimentação constante para ambos os lados e finalização.

Características Psicológicas
Coragem, agressividade, combatividade, personalidade, iniciativa, determinação e decisão.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

MEIAS

Estatura: entre 175 cm e 185 cm.

Características Físicas
Resistência aeróbia, força, coordnação, agilidade e velocidade de reação;
Negrito
Caracterísitcas Técnicas
O desarme, antecipação, recuperação, habilidade com bola, a visão periférica e de profundidade, drible para frente, o passe, o lançamento e a finalização;

Características Táticas
Entrosamento com os companheiros, visão e entendimento de jogo, domínio de transições (ataque - defesa, defesa - ataque) sentido de infiltrações e cobertura;

Caracterísitcas Psicológicas
Combatividade, determinação, poder de decisão, coragem e persistência.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ZAGUEIROS

Estatura: entre 180 cm e 192 cm

Sempre lembrando que pode haver exceções, podendo aparecer atletas fora deste padrão. Que poderam compensar a falta da estatura ideal com uma excelente colocação, impulsão e antecipação.
Caracterísitcas Físicas: resistência, força, agilidade, coordenação, flexibilidade, impulsão e agilidade;
Caracterìsticas Técnicas: cabeceio, manejo de bola, antecipação, desarme (sem fazer falta) e distribuição de bola;
Características Táticas: entrosamento com os companheiros, noção e sentido de cobertura, colocação e domínio do impedimento e espaço (triângulos defensivos);
Caracterísitcas Psicológicas: liderança, determinação, coragem, maturidade, tranquilidade, controle emocional e decisão.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

LATERAIS ou ALAS

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Estatura: entre 165 cm e 175 cm
Capacidades motoras: resistência, velocidade, coordenação e agilidade.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Desarme, antecipação, domínio de bola, precisão no passe e nos cruzamentos, domínio dos espaços e recuperação e facilidade nos confrontos 1x1.
CARACTERÍSTICAS TÁTICAS
As principais qualidades táticas de nossos laterais devem ser: entrosamento com os companheiros, noção de cobertura (triangulação defensiva) e colocação.
Estas são as mais marcantes qualidades a serem desenvolvidas e para as quais devemos estar sempre atentos, treinando e aperfeiçoando-as sempre.
CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS
Coragem,
Determinação,
Agressividade,
Iniciativa e o
Controle emocional.

domingo, 2 de agosto de 2009

QUALIDADES ESSENCIAIS AOS JOGOADORES

GOLEIROS

As principais características físicas para esta posição são:
Estatura: 190 cm a 205 cm.
Resistência anaeróbia alática, equilíbrio, coordenação, velocidade de reação, impulsão e a agilidade.
Características Técnicas
Entendo que os goleiros necessitam possuir e desenvolver as habilidades técnicas definidas como: visão periférica, firmeza, habilidade com a bola (mãos e pés), caídas e rolamentos, recuperação e reposição de bola (mãos e pés).
Características Táticas
Destaco como as principais caracterísitcas: colocação, saídas da meta, entrosamento com os companheiros, comando e orientação dos companheiros.
Características Psicológicas
Liderança, coragem, controle emocional, iniciativa, concentração, responsabilidade, atenção, determinação, tranquilidade e confiança.

domingo, 26 de julho de 2009

PERFIS DAS TAXAS DE ESFORÇO NO FUTEBOL

A maior parte da atividade durante um jogo de alto nível se realiza com uma intensidade baixa ou submáxima, mas não se pode subestimar a importância dos esforços de alta intensidade. Os jogadores geralmente tem que correr com esforço (velocidade máxima) ou realizar um sprint a cada 30", pois correm ao máximo uma vez a cada 90". O tempo ou coordenação destes esforços anaeróbios, sejam com ou sem a bola, é crucial já que seu êxito têm um papel predominante no resultado da partida.

sábado, 18 de julho de 2009

TALENTO. O QUE É ISSO

Aqui no Brasil são pouco divulgadas essas linhas de pesquisas, ou são meramente excluídas dos temas de pesquisas. Também, com certa razão, pois, é um tema muito complexo e sem muitas definições teóricas para explicar esse fenômeno. Assim, certas pessoas baseadas no empirismo têm sido contratadas para identificar os talentos para o futebol dos grandes clubes, mas comprovado na prática que muitos também não têm uma porcentagem muito grande de acertos, pois não temos como prever o futuro de um menino apenas o observando jogando futebol num campo de várzea. Podemos sim, identificar alguma facilidade desse menino ou menina com a bola.
Na questão de identificação de um talento Joch (2005, p. 43), relata que:

“Na falta de critérios inequívocos, são mencionadas características sem sistema e ao acaso, que se baseiam em hipóteses de formação corporal, (suposto) potencial genético, tolerância à carga, dedicação ao treino, alto desempenho juvenil, condições ambientais favoráveis ao desempenho, etc. É considerável a variedade de critérios, específica à modalidade esportiva, vinculada à experiência subjetiva de cada um. Combinações de critérios, também mencionadas em relações cientificamente comprovadas, referem-se aos desempenhos marcantes precoces, em combinação com interesse especial e aumento rápido de desempenhos obtidos sem grande esforço.”

Outros autores como, Gabler e Mergner (1990, p. 8) definem talento com um elevado grau de liberdade e baixa precisão no detalhe:

“Como talento esportivo pode ser chamada uma pessoa que, em uma certa etapa do desenvolvimento, possui determinadas condições corporais, motoras e psicológicas e que, com condições externas favoráveis, com grande probabilidade, irá alcançar altos desempenhos futuros.”

Embora digamos que está definição é de baixa precisão, precisamos tomá-la como um parâmetro, pois infelizmente, na literatura nacional não temos uma definição melhor. Por isso, comento que precisamos de uma política esportiva mais elaborada e preocupada com está questão da identificação de talentos esportivos, mas isso precisa ser estudado cientificamente e colocado em prática para que possamos aumentar ainda mais a qualidade de nossos futuros jogadores de futebol.
Existe outra linha de pesquisa defendida por Michel e Novack (1983, p. 43-44), que diz respeito há vocação, interesse especial, determinação e promoção pelo meio ambiente, como sendo determinantes de um talento. Aqui como sinônimo de vocação:

“Podemos falar de vocação especial, quando já em idade precoce, desempenhos acima da média e até excepcionais são alcançados. Esta vocação especial é reconhecida por meio das seguintes características:
A criança já apresenta na idade pré-escolar uma tendência incomum de realizar certas tarefas;
A criança realiza as tarefas com uma certa facilidade e felicidade, e demonstra interesse especial e motivação para o esforço de alcançar desempenhos ainda maiores;
A vocação é desenvolvida em idades precoces, onde sobretudo o importante é a educação e promoção pelo ambiente.”

Com estas citações, nota-se a preocupação européia com a identificação de talentos esportivos já na mais tenra idade, assim podemos entender como países que tem uma dimensão territorial e populacional menores do que as do Brasil (um país com dimensões continental) terem tantos atletas bem formados e sendo considerados sempre entre os melhores do mundo. Na Europa existe essa preocupação do embasamento científico para colocar em prática nos treinamentos a melhor metodologia possível, colhendo desta forma, ótimos frutos.
Precisamos despertar para essas questões de identificação de talentos baseadas em dados científicos, para que assim possamos melhorar ainda mais o nosso material humano.

REFERENCIAL TEÓRICO

Bompa, T. O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4 ed. São Paulo: Phorte, 2005.

Joch, W. O Talento Esportivo: identificação, promoção e perspectivas do talento. Rio de Janeiro: Publishing House Lobmaier, 2005.

Weineck, J. Treinamento Ideal. 9 ed., São Paulo: Manole, 2003.

sábado, 11 de julho de 2009

O ESTILO DE JOGO INFLUENCIA AS TAXAS DE ESFORÇOS DOS JOGADORES

A ênfase em reter a posição, demorar o ritmo de jogo e atrasar os movimentos de ataque até ter oportunidade de penetrar na linha de defesa. Não caracteriza um grande esforço dos jogadores.
Já o método direto de jogo que se caracteriza pela transferência rápida da bola pelo terreno da defesa ao ataque para criar oportunidades de converter em gols as finalizações, o uso de passes longos mais que uma sequência de passes curtos, o aproveitamento dos erros defensivos, pressionar o adversário e induzi-lo a cometer erros quando está com a posse de bola, e o apoio dos meias aos atacantes quando estão no ataque.
Este estilo de jogo tem um efeito de nivelação sobre a taxa de esforço já que se espera que todos os jogadores realizem exercícios de alta intensidade sem a bola. E com isso, precisam ter uma boa condição física para suportar este esquema de jogo.

domingo, 28 de junho de 2009

TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO

O aspecto parcial da dimensão da propriocepção mostra no contexto da promoção de talentos, de um lado, que tanto a aptidão para a carreira esportiva (futebol) quanto os rápidos progressos no aprendizado e na otimização de sequências motoras esportivas não são apenas o resultado da capacidade dos sistema cardiovascular, da musculatura esquelética ou dos processos metabólicos mas também são representados pela vivência consciente do esportista com as informações captadas pelos receptores periféricos.
A capacidade de equilíbrio está em estreita ligação com o sistema parcial sensorial do aparelho vestibular, responsável pela manutenção do equiíbrio mediante o acoplamento com o sistema motor. Em muitas modalidades esportivas, esta capacidade da regulagem sinestética-vestibular é de grande importância.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

ENTROPIA E HOMEOSTASE

Dentro dos parâmetros da psicofisiolgia explica-se assim:

Entropia é entendida como a tranformação natural das energias por meio de atividades, provocando desorganização dos sistemas orgânicos, o que se caracteriza como uma tendência natural de todo sistema. Portanto, as cargas de treinamento constituem-se, por si só, em um fator entrópico para o organismo humano.
Homeostase, por sua vez, como uma atividade sistêmica que é mobilizada visando manter o equilíbrio ou providenciar um novo equilíbrio. Assim, a homeostase trabalha com a função de recuperar o organismo do atleta da entropia gerada pelos treinamentos e também pelas competições.
O equilíbrio adequado entre entropia e homeostase faz-se necessário e é fundamental para o desenvolvimento ideal do processo de treinamento esportivo, a fim de transformar todo o desgaste sofrido pelos atletas em um reequilíbrio positivo, tornando as capacidades psicofísicas superiores às dos níveis iniciais.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

AGON

Toda as atividades, quando voltadas para a ludicidade, têm alto potencial de motivação intrínseca. Tal atividade foi classificada por Cailois (1961) conforme as características:
AGON: representa todas as formas de disputas que têm como característica principal o confronto de pessoas umas com as outras, como os jogos coletivos e as disputas esportivas. De fato, cada pessoa procura sempre efetivar aquilo que tem de melhor, e isso é mais fácil de ocorrer quando é forçado a fazê-lo. Busca-se através do outro, aquilo que possivelmente se tem de melhor. A palavra competir origina-se do latim e significa "buscar junto".

domingo, 31 de maio de 2009

FATORES QUE AFETAM A COORDENAÇÃO

Segundo Bompa, 2002, p. 399. Antes de discutir métodos que podem levar ao desenvolvimento da coordenação, é importante destacar fatores que a limitam, porque sua melhoria também melhorará a coordenação.

Inteligência Atlética

Um atleta brilhante impressiona não somente pelas capacidades maravilhosas e superiores ou pelas grandes capacidades biomotoras, mas também com seus pensamentos e maneiras de resolver problemas táticos ou motores complexos e inesperados. Isso não é possível sem o pensamento especializado, baseado em anos de treinamento e experiência. Em muitos desportos, a capacidade e a inteligência são resultado de pensamento preciso e rápido. Um fator determinante é a habilidade de analisar, selecionar uma informação múltipla coletada pelos analisadores motores, visuais e sensoriais. Seguindo uma rápida análise (separação da informação recebida pelo Sistema Nervoso Central (SNC) em elementos), o atleta retém informação significativa e a sintetiza para produzir a resposta ótima. Por meio da coordenação excelente de contração e relaxamento, os grupos musculares são selecionados e ordenados para desempenhar de acordo com o tempo e situação específicos de desempenho. A rapidez de implementação da ação selecionada com frequência pode assegurar a superioridade de um atleta ou time sobre outros. Por outro lado, a versatilidade de pensamento é resultado do equilíbrio entre os processos nervosos fundamentais (excitação e inibição) e a rapidez de origem com base na potência desses processos.
Desta forma, além do processo de pensamento especializado que o autor comenta, no caso do desporto futebol, esta criança ou adolesecente necessita de orientação adequada. Para que possa de maneira correta entender e sobrepujar as adversidades que venham há ocorrer durante uma partida. Por exemplo, se a criança ou adolescente nunca praticou a regra do impedimento da maneira correta, não conseguirá jogar o desporto futebol de uma maneira adequada, mesmo tendo uma ótima habilidade com a bola, pois seu senso espacial dentro do terreno de jogo nunca foi trabalhado para que isto venha ocorrer de forma sistematizada com a regra do jogo. Sendo assim, essa criança ou adolescente pode perder algumas oportunidades de seguir uma carreira, por deficiência de treinamento na idade ótima de aprendizado.

domingo, 24 de maio de 2009

DINÂMICA DO TREINAMENTO DE VELOCIDADE NO FUTEBOL NA CATEGORIA SUB – 12

A velocidade é importante para a maioria dos desportos, porque grande parte dos seus participantes precisa correr, movimentar-se, reagir, mudar de direção rapidamente. Principalmente em se tratando do futebol, que o seu praticante quase nunca desempenha uma ação em linha reta, como no sprint do atletismo.
Weineck (2000, p. 441 -442) afirma que:
“Em crianças e em adolescentes – especialmente na faixa etária entre 8 anos e 16 anos, a alta plasticidade do córtex cerebral e a instabilidade morfológica do sistema nervoso possibilitam, da melhor forma, que se estabeleçam as bases da velocidade (Stiehler/ Konzag/ Dobler 1988, 111).”
O autor relata ainda que, uma vez que a velocidade é altamente treinável muito cedo, ela precisa ser efetivamente aperfeiçoada na infância e na adolescência por causa das altas taxas de crescimento desses períodos. Nas categorias de 6 anos – 10 anos e 10 anos – 12 anos, devem ser realizados estímulos de velocidade e de reação, exercícios de reação devem estar frequentemente ligados a acelerações.
Uma meta importante de atividades esportivas nessa faixa etária é o desenvolvimento de atividades específicas para o jogo (futebol). Por meio da exposição a brincadeiras, jogos e circuitos as crianças aprendem como coordenar braços e pernas, movê-los com mais rapidez e correr sobre a ponta dos pés. O tempo de movimento das crianças melhora em consequência dessas experiências motoras. As crianças aprenderão com que rapidez devem começar a mover partes do corpo a um sinal dado ou em uma situação de jogo.
À medida que as crianças melhoram a coordenação dos membros, podem progressivamente participar de exercícios simples de velocidade, sobretudo ao se aproximarem da puberdade. No treinamento de futebol dessa faixa etária o professor pode realizar exercícios específicos para velocidade, utilizando uma bola. Ele pode organizar exercícios específicos para a modalidade desportiva como parte do treinamento e as crianças podem fazer outros tipos de treinamento de velocidade além do trabalho técnico.

domingo, 17 de maio de 2009

RELAÇÃO ENTRE LACTATO SANGUÍNEO E A FADIGA MUSCULAR

McArdle e Katch, Katch, 2003, afirmam que:
"A falta de oxigênio e o maior nível de lactato sanguíneo e muscular se relacionam à fadiga do músculo no exercício máximo de curta duração. O aumento dramático na concentração de H+ no músculo ativo, que acompanha o acúmulo de lactato, acarreta uma alteração drástica no meio ambiente intracelular. As alterações na função contrátil durante o exercício anaeróbio também se relacionam à depleção de PCr, às mudanças na miosina ATPase, à capacidade de transferência de energia glicolítica deteriorada em virtude da menor atividade das enzimas-chave fosforilase e fosfofrutocinase, a um distúrbio no sistema de túbulos T para transmitir o impulso atráves da célula e a desequilíbrios iônicos. Certamente, uma modificação na liberação, distribuição e captação de Ca2+ intracelular poderia alterar a atividade dos miofilamentos e afetar o desenvolvimento muscular. Esse distúrbio local produz fadiga até mesmo quando os impulsos neurais continuam bombardeando a fibra muscular." (p. 413)
Com base nessa afirmação, podemos ter uma grande ajuda para programação dos treinamentos físicos no futebol. Pois, se as jogadas que definem os resultados das partidas de futebol, tem uma grande parcela no metabolismo glicolítico, se trabalharmos essa fonte de energia corretamente nas sessões de treinamentos, teremos uma base maior de rendimento durante as partidas antes que a fadiga muscular se instale. E assim, nossa equipe possa assegurar o resultado positivo, se sobressaindo perante os adversários e mais uma vez, mostrando a importância da capacitação para se formar equipes vencedoras.

sábado, 9 de maio de 2009

QUANTIFICAÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO

Alguns quesitos tem que ser bem conhecidos para o trabalho de preparação física no futebol:


RESULTADOS MÉDIOS DE UMA EQUIPE JUNIOR


CAMINHAR TROTAR CORRER


Zagueiros 3.984 2.248 986
Meio-Campistas 2.076 4.359 1.199
Atacantes 2.276 3.174 1.476


Em relação à metragem total percorrida em velocidade máxima:
2 m a 10 m 10,1 m a 20 m > 20 m
41,7% 35,1% 23,2%


Atividades com a Bola: 30” – 3’.

Com relação à queda de rendimento físico durante o jogo, Bangsbo, Norregaard e Thoro (1991) afirmam que a média da distância total percorrida durante o primeiro tempo foi de 5% maior quando comparado com o segundo tempo.
Existe um consenso entre os especialistas de que a principal diferença do rendimento entre os jogadores não é a distância percorrida durante o jogo, mas sim o percentual da distância percorrida em alta velocidade.
Para a prescrição do treinamento da velocidade no futebol, a velocidade de deslocamento dos diversos estímulos (piques) deve ser de 7m/s, o que corresponde a 25 Km/h. Portanto, para executar um sprint de 10 metros, o tempo ideal é de 1,43s.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

PLANEJAMENTO DA PREPARAÇÃO FÍSICA NA EQUIPE JUVENIL

Os jogadores de futebol com idade entre 14 anos e 15 anos apresentam seu desenvolvimento físico localizado na fase de puberdade ou pós-puberdade. Neste momento acontece intensivo crescimento das partes corporais, hipertrofia muscular por causa da grande concentração de hormônios no sangue (principal testosterona). O desenvolvimento do sistema cardiovascular, principalmente o miocárdio, atrasa-se em relação ao desenvolvimento do aparelho locomotor. A ontogênese sobretudo aplica sua particularidade no planejamento das cargas no atleta de futebol juvenil. Do processo de treinamento deve-se excluir totalmente a frequência cardíaca acima de 180 bpm com duração acima de 30 segundos. A exceção ocorre nos jogos, sendo que durante o tempo de jogo é impossível direcionar a carga. Entretanto a quantidade de jogos não deve exceder 1 jogo por semana, somente assim o miocárdio consegue se recuperar totalmente. Portanto, a carga fundamental deve ser concentrada no desenvolvimento da hipertrofia das fibras musculares oxidativas e no aumento da massa mitocondrial nas fibras musculares glicolíticas.

sábado, 18 de abril de 2009

AS MUDANÇAS

Podemos acreditar que tudo o que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida, uma benção que só serve para esse dia e que não pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano, é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria dos nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Enfim, se focarmos nos pequenos detalhes, consegiremos encontrar a fórmula para a mudança que pode ser muito útil em nossas vidas.

domingo, 12 de abril de 2009

TREINAMENTO É FUNDAMENTAL

Usar a metodologia de treinamento fundamental, nas Escolas de Futebol é muito importante, pois, é específica da modalidade de futebol, que é executada de maneira geral e universal-objetivo. Contém exigências técnicas específicas e coloca no centro o aprendizado de técnicas específicas da modalidade esportiva e de movimentos especiais, especialmente sob condições padronizadas e facilitadas.
No treinamento fundamental, a participação em competições já representa um papel especial. Nisso deve ser observado o princípio de unidade entre treinamento e competição. Isso significa o seguinte: na competição deve ser exigido só o que já foi exercitado antes nos treinamentos, além disso, a atividade de competição tem uma certa função de controle para aquilo que foi aprendido no treinamento. Por outro lado, no treinamento é aprendido e exercitado o que a competição exige.
Desta forma, o treinamento é fundamental para podermos estar aperfeiçoando as capacidades físicas, técnicas e psicológicas dos alunos, principalmente na fase da puberdade.

sábado, 4 de abril de 2009

APTIDÃO E HABILIDADES MOTORAS

O desempenho de qualquer tarefa motora, seja em nível rudimentar, fundamental ou de habilidade esportiva, requer graus variáveis de aptidão cardiovascular, força e resistência muscular e flexibildade das articulações. Todo movimento envolve a aplicação de força para superar a inércia. Para aplicar essa força, deve-se possuir algum grau de força muscular. Se uma tarefa motora tem de ser desempenhada repetidamente, como quicar uma bola, a resistência muscular também é necessária. Se a ação deve ser repetida por um período longo em ritmo rápido, como conduzir uma bola num jogo de futebol da defesa para o ataque, inúmeras vezes durante uma partida, a resistência cardiovascular e a flexibilidade são exigidas. A reciprocidade na estruturação dos componentes da aptidão física fica evidente porque o desempenho de atividades motoras mantém e desenvolve níveis superiores de aptidão física são inseparáveis de atividade motora. É muito raro uma atividade motora não envolver qualquer aspecto de força, resistência muscular ou flexibilidade.

sexta-feira, 27 de março de 2009

DORES MUSCULARES

As dores musculares ocorrem devido a um excesso de ácido lático, um abaixamento do pH e o aumento da temperatura da epiderme. O tecido muscular torna-se muito ácido, devido ao acúmulo de ácido lático, pirúvico, carbônico e outros produtos metabólicos ácidos. Opiniões mais recentes mantém a tese de que a dor muscular é resultante de micro traumas no tecido conjuntivo, isto é, nas pequenas fibras da estrutura protéica que circunda as fibras musculares.
A literatura define as dores musculares como sendo uma deficiência do músculo (pós atividade física) em manter o seu metabolismo básico frente ao esforço, ou seja, atividade física além da capacidade do músculo.
As dores musculares podem também ocorrer devido ao rompimento da banda Z do tecido muscular, principalmente os movimentos em que estão envolvidas as contrações excêntricas.
Segundo Pini (1983), a causa desta sintomatologia parece estar ligada ao acúmulo de metabólitos celulares, possivelmente da pressão de filetes nervosos sensitivos, responsáveis pela dor. Os locais dos músculos que se apresentam mais dolorosos devem corresponder as fibras musculares que se contraem mais energicamente durante o trabalho realizado.
As dores nusculares apresentam características distintas no seu mecanismo de se estabelecer. Há por isso necessidade de diferenciar a dor muscular produzida durante ou logo após o exercício, daquela considerada tardia, que se instala a partir do dia seguinte à prática desportiva.

sábado, 21 de março de 2009

CRESCIMENTO E APARELHO LOCOMOTOR PASSIVO

A criança, ou o adolescente, quando comparados com o adulto, estão significativamente mais expostos ao risco de danos e lesões causados por meio de estímulos inadequados de treinamento. Isso vale sobretudo durante a fase do estirão, fase essa associada a um risco especialmente alto de sobrecarga no aspecto ortopédico. A esse respeito, deve-se observar que a capacidade de suportar uma carga de exercício pode ser muito diferente em crianças com a mesma idade cronológica ou mesmo biológica.
Como particularidades da infância e adolescência podem ser citadas:
  • Os ossos, devido a um armazenamento relativamente maior de material orgânico mole, são mais flexíveis, mas menos resistentes à pressão e tração, o que leva, em geral, a uma menor resistência do sistema esquelético à carga;
  • O tecido ligamentar, devido à fraca ordenação micelar (as micelas formam estruturas semelhantes a redes de cristais) e à maior proporção de substâncias intercelulares, ainda não é suficientemente resistente à tração (Tittel 1979, p. 125)
  • O tecido cartilaginoso e os discos epifisários que ainda não estão ossificados apresentam uma alta suscetibilidade a lesões quando da ação de forças de pressão e torção,devido à sua alta taxa de multiplicação associada ao crescimento.

sexta-feira, 13 de março de 2009

SINTONIA FINA

O nosso cerebelo, formado por dois hemisférios laterais e um verme, funciona através de intricados circuitos de retroalimentação (feedback), monitorando e coordenando outras áreas do cérebro e da medula espinhal que participam do controle motor. O cerebelo recebe sinais relacionados ao influxo motor proveniente do comando central no córtex. Esse tecido cerebral especializado obtém também informação sensorial dos receptores periféricos existentes nos músculos, nos tendões, nas articulações e na pele, assim como de órgãos terminais visuais, auditivos e vestibulares. O cerebelo funciona como o principal centro de comparação, de avaliação e de integração para os ajustes posturais, a locomoção, a manutenção do equilíbrio, as percepções da velocidade do movimento corporal e outras funções reflexas diversificadas relacionadas ao movimento.
O cerebelo e os glângios basais, compostos principalmente de striatum (estrutura nuclear no telencéfalo) e de pallidum (estrutura nuclear no diencéfalo) representam funções especiais, organizando o padrão motor amplos dos centros de associação espaço-temporal.
O cerebelo é responsável pela programação de movimentos mais rápidos, sem continuidade, ao contrário dos glângios basais, que são responsáveis pelos movimentos mais lentos, contínuos.
Em essência, o cerebelo funciona como o centro de controle motor que proporciona a sintonia fina para todas as formas de atividade muscular.

sexta-feira, 6 de março de 2009

O CARÁTER FUNDAMENTAL DO TREINAMENTO

Segundo JOCH (2005), o treinamento do talento é um processo de treinamento com caráter fundamental pois forma o fundamento para a aquisição de altos desempenhos futuros. Aos fundamentos são inerentes exigências especialmente elevadas, visando estabilidade, capacidade de carga e solidez. A estabilidade significa, neste contexto, oferecer um repertório seguro e forte de experiências motoras, que representa a base para futuros processos motores de aprendizado e de desempenhos especializados. A capacidade de carga significa que exigências e sobrecargas futuras possam ser toleradas sem lesões, e que não resultem em fadigas corporais ou psicológicas. A solidez, finalmente, significa uma formação completa no processo de treinamento, ao longo do tempo (evitando a aceleração), seja estruturada metódica e corretamente, que minimiza as influências interferentes, escolhe a dosagem de carga certa para a idade, prepara e coloca adequadamente os objetivos de desempenho desejados. O caráter fundamental do treinamento não é o meio ou fim do processo de treinamento, mas um processo em que todas as áreas parciais são importantes e imprescindíveis, porque somente todas juntas possibilitam alcançar o topo. O caráter fundamental demonstra também que há uma estrututra do processo de treinamento, no qual todas as partes são relacionadas convenientemente entre si, e uma parte representa sempre a condição para a próxima.
Finalmente, o caráter fundamental do treinamento aponta para a sistemática construtiva, o planejamento e a progressão do processo de treinamento, todos voltados para o produto final visado, ou seja, um desempenho esportivo o mais alto possível.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A CRIANÇA NO TREINAMENTO ESPORTIVO

Na idade infantil, quando entre outros aspectos, é desejada uma razoável medida da otimização do desempenho, mas não obrigatoriamente uma maximização do sucesso. Quando juntamente com o treinamento, também são mantidos espaços livres para a criança, onde ela pode realizar suas necessidades imediatas (lúdicas). E quando a responsabilidade para o desenvolvimento total da criança tem prioridade sobre as normas de treinamento e de competição.
As condições de treinamento e de competições devem ser adaptadas à condição especial da criança, às suas aptidões, capacidades e condições de desenvolvimento.
Tenho um argumento que justifica a participação da criança no processo de treinamento esportivo. Formação e educação são ligadas inseparavelmente ao processo de treinamento (HARRE, 1970 apud JOCH, 2005, p. 21). Sendo assim, fica claro que a capacidade de desempenho esportivo deve ser promovida em todas as faixas etárias e que o treinamento esportivo é um processo dirigido por princípios pedagógicos da perfeição esportiva, que, mediante ações planejadas e sistemáticas sobre a capacidade e a disposição de desempenho, objetiva os mais altos desempenhos.
Para que esses altos desempenhos, realmente apareçam é muito sensato acabar com as falhas na formação básica. Uma grande parte dos motivos, que dificultam os altos desempenhos posteriores, está na preparação preliminar. Então, se já o fundamento apresenta falhas, a estrutura a ser erguida em cima estará constantemente ameaçada pelo perigo de cair. Por isso JOCH, 2005 relata que, na promoção do talento deve-se dar importância à formação básica motora. Ela é, quando se fala em formação básica na escola e no esporte escolar, como iniciação na promoção do talento, aquela área parcial na estrutura de treinamento sistemático de longo prazo de talentos esportivos, que pode ser integrada mais facilmente no trabalho com crianças em idade escolar. Realizar, quantitativamente e qualitativamente, esta etapa inferior da estrutura do treinamento de longo prazo de crianças e adolescentes deve ser o objetivo de todo profissional que trabalha com essa clientela.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

FASE DE MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS: HABILIDADES MOTORAS FUNDAMENTAIS

Esta fase do desenvolvimento motor representa um período no qual a crianças pequenas estão ativamente envolvidas na exploração e na experimentação das capacidades motoras de seus corpos. É um período para descobrir como desempenhar uma variedade de movimentos estabilizadores, locomotores e manipulativos, primeiro isoladamente e, então, de modo combinado. As crianças que estão desenvolvendo padrões fundamentais de movimento estão aprendendo a reagir com controle motor e competência motora a vários estímulos, obtendo crescente controle para desempenhar movimentos discretos, em série e contínuos, como fica evidenciado por habilidade em aceitar alterações nas exigências das tarefas. Os padrões de movimento fundamentais são padrões básicos de comportamento observáveis. As atividades locomotoras (correr e pular), manipulativas (arremessar e apanhar) e estabilizadoras (andar com firmeza e o equilíbrio em um pé só) são exemplos de movimentos fundamentais que devem ser desenvolvidos nos primeiros anos da infância.
Por estas razões, que temos que ter a consciência de existirem pessoas habilitadas e capacitadas para trabalharem com as crianças nos jardins de infância e escolas de Ensino Fundamental I. Se houver essa preocupação com a formação das crianças, teremos cada vez mais adolescentes e jovens mais bem coordenados e preparados para os esportes.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

FORMAS DE MOVIMENTO: A DIFERENÇA NO FUTEBOL

O renomado autor David L. Gallahue (2005) define habilidade motora da seguinte forma:

"um padrão de movimento fundamental realizado com precisão, exatidão e controles maiores. Na habilidade motora, a precisão é enfatizada e o movimento extrínseco é limitado; em um padrão de movimento fundamental, o movimento é enfatizado, mas a precisão é limitada e não é necessariamente vista como o objetivo" p.19
Procurando entender essa definição, me vem a cabeça um pensamento. Será que nos preocupamos em enfatizar à habilidade motora em nossas crianças.
Agora fazendo um comparativo com as equipes de futebol profissional de todos os estados, os times do interior se equivalem com os da capital na parte física, mas na parte técnica, muitas vezes os da capital são superiores.
Daqui pra frente, quem trabalha com categorias de base, escolas esportivas e aulas de Educação Física, deveria pensar se está realmente contribuindo para o desenvolvimento dessa criança da maneira que deveria contribuir como Educador Físico. Pois se todos fizermos a nossa tarefa teremos inúmeros talentos aparecendo para os esportes muito em breve.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

HUMANIZAÇÃO DO ESPORTE

Parafraseando Feijó 2008, será possível formar um atleta vencedor paralelamente à formação de um ser humano perdedor? A história pessoal de Garrincha diz que sim. Ela ilustra o número, infelizmente grande, de atletas de ponta que se sobressaíram internacionalmente durante curtos anos de vitórias e, ao terminar sua carreira, caíram no ostracismo, no vício e na pobreza.
Quem trabalha com o esporte, tem que ter em mente, que trabalha com um ser humano que, possui sentimentos e também aspirações, não é uma máquina programada para correr, saltar, lançar e estar 100% todos os dias. Sabendo disso, temos que ter a preocupação de trabalhar mais o lado humano dos atletas, não só nos preocuparmos com as capacidades motoras. Precisamos nos concentrar mais na humanidade, mostrar que o esporte transforma o ser humano como um todo, isso inclui os sentimentos, harmonia, superação.
O jovem atleta (principalmente) tem que entender o esporte como um ato de auto superação que, traz um espirito de luta e convívio com várias pessoas das mais diversas culturas e proporciona o eustresse que é o contrário do estresse (pois é proporcionador de alegria, satisfação e felicidade, etc.)
Os jovens atletas tem que saber da sua importância no processo ensino-aprendizagem-treinamento e serem valorizados nas sessões de treinamento, mesmo aqueles que possuem algumas limitações, eles são especiais, eles tem que compreenderem que as atividades só existem se eles participarem.
O esporte nã pode ser desvinculado da educação. Temos que ter a preocupação de incentivar a prática esportiva para que está se torne um hábito para toda a vida desses atletas (indiferente se eles se tornarem profissionais ou não).
Para isso, o treinamento de crianças e jovens deveria envolver duas obrigatoriedades:
  1. Deveria ser todo embasado no comportamento lúdico dos indivíduos, ou seja: espontâneo, funcional e satisfatório;
  2. Deveria enfatizar mais a cooperação do que a competição.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

RESISTÊNCIA AERÓBIA NA INFÂNCIA E JUVENTUDE

A tese do valor não integral do coração na infância e da funcionalidade limitada do organismo infantil tornou-se atualmente insustentável: em nenhuma fase do desenvolvimento comprova-se algo parecido em crianças (Kindermann, 1974). Como as pesquisas de Gauer (1990) demonstraram, o coração infantil e suas fibras musculares experimentam, no decorrer do crescimento e do treinamento, um desenvolvimento harmonioso, em cuja evolução o número de fibras cardíacas musculares permanece igual, apenas tornando-se mais longas e mais grossas. Com o crescimento das fibras musculares cardíacas, diminui a frequência cardíaca. Com o desenvolvimento e a hipertrofia proveniente do treinamento, desenvolvem-se também as câmaras cardíacas, aumentando-se assim o volume cardíaco. Dessa forma, o trabalho cardíaco sofre crescente efetividade e economia.
Já que o sistema cardiovascular em crianças e em adolescentes não reage a estímulos de treinamento de forma diferente que os adutos, deve-se contar não com prejuízos, mas muito mais com adaptações positivas.
As pesquisas de Bingmann (1989), demonstram claramente que o treinamento semanal de futebol, como o jogo, inclusive colabora para um elevada resistência aeróbia e, com isso, eleva a performance psicofísica.
A importância da formação da resistência aeróbia adequada à infância e relacionada ao futebol resulta também do fato de que na infância e na juventude, em que na maioria das vezes os níveis iniciais são muito baixos, tal formação atua no avanço da resistência aeróbia e também em outros fatores físicos da performance, como a velocidade, a força rápida, a resistência de velocidade, a força, a resistência de força e a habilidade.
A base para os principais resultados esportivos são montadas num processo de longo prazo, que se inicia na infância e, por isso, há a necessidade de profissionais qualificados e preparados para que isso venha há ocorrer num futuro dessas crianças.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL

A especificidade de modalidades desportivas (principalmente o futebol profissional) que possuem períodos de competição excepcionalmente longos determina que o processo de treinamento anual seja baseado na alteração da proporção de cada período, no abrandamento das diferenças entre a estrutura e o conteúdo do processo de treinamento nas várias etapas dos macrociclos e no aumento do papel da preparação como fator de estímulo da adaptação. Neste caso, no decorrer de todo o período de competições, a manutenção do processo de treinamento possui uma orientação específica sem oscilação de cargas. Isso predetermina a distribuição relativamente regular das cargas de treinamento e das competições, a ausência de etapas de preparação muito intensa e de "descargas", que preveem a criação das condições para uma adaptação adequada.
No futebol profissional, cujas competições são realizadas em etapas com intervalos significativos, a tendência é obedecer rigorosamente aos princípios que norteiam a periodização tradicional.