sexta-feira, 31 de outubro de 2008

CAPACIDADE ANAERÓBIA E CATECOLAMINAS EM CRIANÇAS

Segundo BAR-OR (1991) a capacidade de desempenho anaeróbio absoluto de uma criança de 8 anos é de 45-50% e de um jovem de 14 anos de 65-70% (relativo ao peso corporal).
Deve-se, entretanto estar atento ao fato de que a concentração de lactato em crianças, em função de sua baixa capacidade de lactacidermia é 45% menor do que em jovens de 17-18 anos, mas a concentração de adrenalina é 25% maior em crianças do que em jovens! Por esta razão, um grande aumento na concentração dos hormônios do desempenho (hormônios do estresse) não deve ser interpretada como não fisiológica ou como sobrecarga. Uma razão para isto é que não parece significativo empregar crianças e jovens a cargas tão próximas de seus limites fisiológicos e mobilizar seu desempenho de reservas precocemente. O alto índice de desisitência entre os jovens chama a atenção para o fato de que um treinamento muito duro, anaeróbio não corresponde ao treinamento adequado à idade (Weineck, 2003 p. 207).
Observando as atividades lúdicas de crianças, verifica-se que estas têm a tendência de se ocupar intensamente mas por um curto período de tempo em suas atividades. Em jogos de "pega-pega" são acionados alguns princípios que ajudam a prevenir a sobrecarga anaeróbia da lactacidermia: os piques (área em que a criança não pode ser pega) proporciona a recuperação necessária. As crianças comportam-se desta maneira de acordo com suas condições fisiológicas, respeitando-as sem conhecê-las.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A IMPORTÂNCIA DA INTELIGÊNCIA

"Cinco dias antes do jogo todos os jogadores sabem quem vai jogar de início. Pelos treinos que realizam ao longo da semana percebem igualmente de que forma vão jogar e qual a tática a utilizar para o adversário em questão". (José Mourinho, apud Lourenço, 2003).
"Num jogador inteligente, sim. Não vou pela cultura, porque a sua aquisição nada tem a ver com a inteligência. Uma metodologia orientada em função de grandes objetivos em que há uma relação íntima entre o modelo de treino e o modelo de jogo, no qual, os jogadores, para perceberem o modelo de treino, têm de perceber o modelo de jogo. Quem é inteligente assimila mais depressa as coisas. Os outros podem interiorizar isso através da repetição sistemática de determinados exercícios durante os treinos. São induzidos nesse sentido. Mas a inteligência acelera o processo de adquirir esses objetivos. " (Mourinho, 2001).
Com essas citações podemos ver o quanto a inteligência é importante para o futebol. Sendo assim, se começarmos a estimular essas inteligências desde cedo nos nossos alunos (10 anos) podemos ter uma ótima leva de futuros jogadores com uma inteligência acima dos das gerações anteriores.
Mas como estimular isso? Nos meus treinos estou utilzando a técnica do xadrez, embasado na neurogênese. Enquanto alguns alunos realizam um treino físico ou tático, outros vão até uma sala onde tenho dois tabuleiros de xadrez e eles tem 6 minutos para disputarem uma partida de xadrez, após o termíno do tempo mudam-se os grupos e o treino segue o mesmo e o jogo de xadrez fica do mesmo jeito, assim quem estava lá fora tem que continuar a partida. Isso é muito usado com os pilotos de fórmula 1, quando tem treinos extenuantes. Isso melhora sua concentração e inteligência.
Nos coletivos não estou mais usando os coletes, pois assim os meninos tem que memorizar os seus colegas e estimula a sua orientação espacial e precisam levantar a cabeça para realizar os passes. Fundamento raro ultimamente.
E também estou propondo situações de resolução de problemas táticos. Não apenas explanando, mas tentando fazer os alunos resolverem os problemas táticos dos jogos.
Desta forma, acredito que estou contribuindo para uma boa formação de futuros jogadores de futebol e de futuros cidadãos conscientes e críticos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O SIGNIFICADO DO REPERTÓRIO DE MOVIMENTOS

Segundo Weineck (2003), um fator adicional para o desenvolvimento e para a qualidade das capacidades coordenativas é o repertório de movimentos (experiências de movimentos) de um atleta.
Isto se deve ao fato de que todo movimento sempre é executado sobre conhecimentos anteriores de coordenação (todo novo movimento é aprendido como se fosse variação de um movimento previamente aprendido e dominado). Quanto maior for o "repertório de movimentos" de um atleta, maior será o nível de movimentos automatizados.
Esta capacidade de combinação de movimentos capacita o esportista a empregar os movimentos aprendidos de forma oportuna e muito mais eficaz. Sem a necessidade de despender muita energia e atenção. O que é primordial para o esporte.