domingo, 31 de maio de 2009

FATORES QUE AFETAM A COORDENAÇÃO

Segundo Bompa, 2002, p. 399. Antes de discutir métodos que podem levar ao desenvolvimento da coordenação, é importante destacar fatores que a limitam, porque sua melhoria também melhorará a coordenação.

Inteligência Atlética

Um atleta brilhante impressiona não somente pelas capacidades maravilhosas e superiores ou pelas grandes capacidades biomotoras, mas também com seus pensamentos e maneiras de resolver problemas táticos ou motores complexos e inesperados. Isso não é possível sem o pensamento especializado, baseado em anos de treinamento e experiência. Em muitos desportos, a capacidade e a inteligência são resultado de pensamento preciso e rápido. Um fator determinante é a habilidade de analisar, selecionar uma informação múltipla coletada pelos analisadores motores, visuais e sensoriais. Seguindo uma rápida análise (separação da informação recebida pelo Sistema Nervoso Central (SNC) em elementos), o atleta retém informação significativa e a sintetiza para produzir a resposta ótima. Por meio da coordenação excelente de contração e relaxamento, os grupos musculares são selecionados e ordenados para desempenhar de acordo com o tempo e situação específicos de desempenho. A rapidez de implementação da ação selecionada com frequência pode assegurar a superioridade de um atleta ou time sobre outros. Por outro lado, a versatilidade de pensamento é resultado do equilíbrio entre os processos nervosos fundamentais (excitação e inibição) e a rapidez de origem com base na potência desses processos.
Desta forma, além do processo de pensamento especializado que o autor comenta, no caso do desporto futebol, esta criança ou adolesecente necessita de orientação adequada. Para que possa de maneira correta entender e sobrepujar as adversidades que venham há ocorrer durante uma partida. Por exemplo, se a criança ou adolescente nunca praticou a regra do impedimento da maneira correta, não conseguirá jogar o desporto futebol de uma maneira adequada, mesmo tendo uma ótima habilidade com a bola, pois seu senso espacial dentro do terreno de jogo nunca foi trabalhado para que isto venha ocorrer de forma sistematizada com a regra do jogo. Sendo assim, essa criança ou adolescente pode perder algumas oportunidades de seguir uma carreira, por deficiência de treinamento na idade ótima de aprendizado.

domingo, 24 de maio de 2009

DINÂMICA DO TREINAMENTO DE VELOCIDADE NO FUTEBOL NA CATEGORIA SUB – 12

A velocidade é importante para a maioria dos desportos, porque grande parte dos seus participantes precisa correr, movimentar-se, reagir, mudar de direção rapidamente. Principalmente em se tratando do futebol, que o seu praticante quase nunca desempenha uma ação em linha reta, como no sprint do atletismo.
Weineck (2000, p. 441 -442) afirma que:
“Em crianças e em adolescentes – especialmente na faixa etária entre 8 anos e 16 anos, a alta plasticidade do córtex cerebral e a instabilidade morfológica do sistema nervoso possibilitam, da melhor forma, que se estabeleçam as bases da velocidade (Stiehler/ Konzag/ Dobler 1988, 111).”
O autor relata ainda que, uma vez que a velocidade é altamente treinável muito cedo, ela precisa ser efetivamente aperfeiçoada na infância e na adolescência por causa das altas taxas de crescimento desses períodos. Nas categorias de 6 anos – 10 anos e 10 anos – 12 anos, devem ser realizados estímulos de velocidade e de reação, exercícios de reação devem estar frequentemente ligados a acelerações.
Uma meta importante de atividades esportivas nessa faixa etária é o desenvolvimento de atividades específicas para o jogo (futebol). Por meio da exposição a brincadeiras, jogos e circuitos as crianças aprendem como coordenar braços e pernas, movê-los com mais rapidez e correr sobre a ponta dos pés. O tempo de movimento das crianças melhora em consequência dessas experiências motoras. As crianças aprenderão com que rapidez devem começar a mover partes do corpo a um sinal dado ou em uma situação de jogo.
À medida que as crianças melhoram a coordenação dos membros, podem progressivamente participar de exercícios simples de velocidade, sobretudo ao se aproximarem da puberdade. No treinamento de futebol dessa faixa etária o professor pode realizar exercícios específicos para velocidade, utilizando uma bola. Ele pode organizar exercícios específicos para a modalidade desportiva como parte do treinamento e as crianças podem fazer outros tipos de treinamento de velocidade além do trabalho técnico.

domingo, 17 de maio de 2009

RELAÇÃO ENTRE LACTATO SANGUÍNEO E A FADIGA MUSCULAR

McArdle e Katch, Katch, 2003, afirmam que:
"A falta de oxigênio e o maior nível de lactato sanguíneo e muscular se relacionam à fadiga do músculo no exercício máximo de curta duração. O aumento dramático na concentração de H+ no músculo ativo, que acompanha o acúmulo de lactato, acarreta uma alteração drástica no meio ambiente intracelular. As alterações na função contrátil durante o exercício anaeróbio também se relacionam à depleção de PCr, às mudanças na miosina ATPase, à capacidade de transferência de energia glicolítica deteriorada em virtude da menor atividade das enzimas-chave fosforilase e fosfofrutocinase, a um distúrbio no sistema de túbulos T para transmitir o impulso atráves da célula e a desequilíbrios iônicos. Certamente, uma modificação na liberação, distribuição e captação de Ca2+ intracelular poderia alterar a atividade dos miofilamentos e afetar o desenvolvimento muscular. Esse distúrbio local produz fadiga até mesmo quando os impulsos neurais continuam bombardeando a fibra muscular." (p. 413)
Com base nessa afirmação, podemos ter uma grande ajuda para programação dos treinamentos físicos no futebol. Pois, se as jogadas que definem os resultados das partidas de futebol, tem uma grande parcela no metabolismo glicolítico, se trabalharmos essa fonte de energia corretamente nas sessões de treinamentos, teremos uma base maior de rendimento durante as partidas antes que a fadiga muscular se instale. E assim, nossa equipe possa assegurar o resultado positivo, se sobressaindo perante os adversários e mais uma vez, mostrando a importância da capacitação para se formar equipes vencedoras.

sábado, 9 de maio de 2009

QUANTIFICAÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO

Alguns quesitos tem que ser bem conhecidos para o trabalho de preparação física no futebol:


RESULTADOS MÉDIOS DE UMA EQUIPE JUNIOR


CAMINHAR TROTAR CORRER


Zagueiros 3.984 2.248 986
Meio-Campistas 2.076 4.359 1.199
Atacantes 2.276 3.174 1.476


Em relação à metragem total percorrida em velocidade máxima:
2 m a 10 m 10,1 m a 20 m > 20 m
41,7% 35,1% 23,2%


Atividades com a Bola: 30” – 3’.

Com relação à queda de rendimento físico durante o jogo, Bangsbo, Norregaard e Thoro (1991) afirmam que a média da distância total percorrida durante o primeiro tempo foi de 5% maior quando comparado com o segundo tempo.
Existe um consenso entre os especialistas de que a principal diferença do rendimento entre os jogadores não é a distância percorrida durante o jogo, mas sim o percentual da distância percorrida em alta velocidade.
Para a prescrição do treinamento da velocidade no futebol, a velocidade de deslocamento dos diversos estímulos (piques) deve ser de 7m/s, o que corresponde a 25 Km/h. Portanto, para executar um sprint de 10 metros, o tempo ideal é de 1,43s.