domingo, 30 de setembro de 2007

"DEU NA TIMES"

Professores de Educação Física norte-americanos de duas mil escolas em pelo menos 35 Estados americanos começaram a incluir nos centros de fitness jogos com sensores de movimento e tapetes sensíveis ao toque, permitindo que crianças controlem a ação na tela não só com os polegares, mas também com o corpo todo. Isso fez, com que os alunos que não gostavam de beisebol e futebol por exemplo, voltassem a suar com os viodegames interativos nas aulas de Educação Física.
É uma pena que nós brasileiros não temos essa oportunidade de incluir essa tecnologia no nosso dia-a-dia. Já pensaram que satisfação seria para aqueles alunos que não gostam dos esportes tradicionais, terem a opção de praticarem uma atividade com uma parede esportiva, que tem cinco símbolos marcados nela, qual símbolo piscar o aluno tem que bater nele o mais rápido possível e antes dos seus colegas para fazer mais pontos. Ou então, um tapete que tem desenhado flechas, e os alunos tem que acompanhar numa tela qual o movimento devem fazer com os pés, pisando nelas pra vencer o jogo. Toda aula de Educação Física seria esperada com uma ansiedade tremenda por todos, até pelos funcionários da escola que poderiam assistir a um verdadeiro espetáculo da geração dos computadores. Mas enquanto esse dia não chega, nós profissionais de Educação Física do Terceiro Mundo, temos que nos desdobrar para atrair a atenção do maior número possível de alunos e conscientiza-los da importância e dos benefícios que a Atividade Física traz para nós seres humanos. Um dia chegaremos lá.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

AMBIENTES DE ENSINO

O comportamento motor, tem total influência dos ambientes onde estão sendo trabalhados. Onde, uma criança que passa a maior parte do seu dia com privações de movimentos, devido estar, em ambiente fechado, não terá um desenvolvimento motor igual ao de uma criança, que tem totais condições de movimentos, em um ambiente que lhe propicie segurança e satisfação, e, materiais que enriqueçam a gama de movimentos.
Devido a nossa sociedade moderna, isso é muito comum nos dias de hoje. Cada vez mais, temos habitações que não propiciam amplos espaços para nossas crianças brincarem e se movimentarem em casa, e, nossas ruas não são mais seguras como num passado não muito distante. Sendo assim, a escola deve ter uma grande preocupação para com os espaços, onde serão realizadas as práticas das atividades físicas e as aulas de Educação Física. Pois, segundo Valentini, (2002) ambientes de ensino que enfatizam o interesse dos alunos e promovem aprendizagem significativa e contextualizada fortalecem o sucesso escolar e a motivação dos estudantes. Desta forma, se as aulas forem realizadas em ambientes que oportunizem uma grande satisfação por parte dos alunos, teremos uma grande chance de colaborar com o comportamento motor dos educandos e estimular a máxima interação desses com o ambiente escolar, nesta fase de descobertas. E a Educação Física trabalha em espaços heterogêneos.

Outra consideração que devemos fazer, é que nesse estágio da vida e da aprendizagem dos educandos, ambientes de ensino que são centrados na figura do professor são percebidos pelos estudantes como controladores, o que conseqüentemente tem um efeito negativo na motivação participação das aulas (Valentini, 2002). Não estou dizendo que, o professor tem que deixar os estudantes tomarem conta da aula. Mas, oportunizar a eles, exporem as suas vivências, os movimentos que sabem fazer, enfim, brincarem das mais diversas maneiras possíveis e explorem com segurança o ambiente de ensino das aulas, e tenham criatividade motora. Ficando desta forma, com um vocabulário motor rico.
A teoria ecológica de Bronfenbrenner citado por Gallahue, Oznum (2003), é baseada na premissa de que não é o ambiente comportamental, em si, que prediz o comportamento, mas a interpretação do indivíduo sobre o ambiente, tanto no tempo quanto no espaço. Isto é, o significado ligado ao ambiente e não o ambiente em si é que orienta o comportamento. Bronfenbrenner argumenta que é um contra-senso tentar compreender o comportamento simplesmente a partir da realidade objetiva do ambiente, sem também entender o que o ambiente significa para a criança. Desta forma, nós professores temos que estar atentos a, todos os sinais possíveis que as crianças possam demonstrar durante as práticas das aulas, para que assim tenhamos uma maior possibilidade de acerto no desenvolvimento desses educandos, escolhendo um ambiente de ensino que melhor oportunize essa evolução.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O MOVIMENTO E NOSSA EVOLUÇÃO

Tudo que nós conquistamos está intimamente relacionado com o nosso movimento. O movimento é uma propriedade inerente aos orgnismos vivos. O movimento foi essencial para a evolução, desde as primeiras formas de vida até o surgimento do homem com todas as faculdades que o distinguem das demais espécies.
Tudo que realizamos desde o momento em que levantamos da cama até anoitecer é movimento. Alguns desses movimentos já estão automatizados, quer dizer, são realizados de um maneira que nem percebemos. Outros movimentos nós temos que ter uma certa atenção para realizá-los, como movimentos de uma dança que acabamos de aprender.
Pesquisas vem mostrando que quanto mais movimentos novos aprendemos, eles ativam áreas cerebrais que são essenciais para a nossa evolução e manutenção da cognição. Por isso quanto mais movimentos novos e diferentes fizermos, seja com extremidades corporais ou o corpo todo estamos trabalhando o nosso cérebro e assim mantendo uma saúde cerebral para podermos envelhecermos sem uma queda de produção cognitiva. Viva os novos movimentos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

MITOS SOBRE O CÉREBRO

Em pesquisa recente, pesquisadores jogaram por terra algumas crenças que dominaram a educação por décadas, vejamos algumas:
  1. Aluno visual, auditivo ou sinestésico: um mito corrente é que existem alunos que aprendem mais por algum sentido (visão, audição ou tato), em detrimento de outros. Na verdade, usamos todos os sentidos durante a aprendizagem, e o mais efetivo depende fundamentalmente do que é ensinado.
  2. Usamos só 10% do nosso cérebro: como tudo é ligado no cérebro e nunca fazemos uma atividade isolada, sempre usamos perto de 100% dele.
  3. Lado direito e lado esquerdo: o lado direito do cérebro coordena a linguagem; já o esquerdo coordena a percepção de emoções. Mas todas passam pelos dois hemisférios, que trabalham em conjunto. Não há base científica para desenvolver um lado específico nem indícios de que tal prática seja benéfica.
  4. É preciso aprender línguas bem cedo: já ouviu aquela história de que algumas coisas só se aprendem até os 12 anos? Na verdade, o cérebro está sempre se modificando. É verdade que a infância é favorável para aprendizagem da gramática de uma nova língua, mas os adultos armazenam um vocabulário mais rico.
  5. Crianças não aprendem duas línguas ao mesmo tempo: há espaço no cérebro para o aprendizado de dois idiomas simultaneamente, e isso só faz bem. Na Alemanha, um estudo com crianças turcas aprendendo o alemão mostrou que elas melhoravam na escrita das duas línguas.

Temos muito ainda o que aprender sobre o nosso cérebro, principalmente nós educadores, por isso precisamos estar atentos em tudo o que vem acontecendo nas comunidades científicas, principalmente nessa área de neuropedagogia. Assim poderemos oportunizar aos alunos as melhores formas de aprendizagem.