quarta-feira, 27 de junho de 2007

MEDICAMENTOS OU NEUROTRANSMISSORES ?

Vivemos num mundo globalizado, numa sociedade frenética, onde todos nós não temos tempo pra quase nada. Temos que nos desdobrar em nossos afazeres, para podermos acompanhar o ritmo da história. Nossas crianças não são diferentes, tendo que, ir a escola, aulas de inglês, computação, balé, jazz, entre outras... . Mesmo às vezes, contra a sua vontade, por que nós queremos sempre o melhor pra formação dos nossos filhos e queremo-los mais preparados para enfrentar o vestibular e o mercado de trabalho, que anda muito competitivo.
Mas, nesse ritmo, muitas vezes não acompanhamos ou não entendemos as dificuldades e angustias dos nossos filhos. Assim, passa-nos despercebido, que nossas crianças precisam de ajuda e atenção nessa fase da vida, precisam ser ouvidas e entendidas.
Junto com tudo isto, temos hoje, mais informação sobre um distúrbio denominado Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H), que é definido pela Associação Brasileira de Déficit de Atenção (http://www.tdah.org.br/), como um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e geralmente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude, impulsividade e dificuldade de persistir nas mesmas tarefas até o fim. Estudos mostram que, cerca de 5% da população infantil tem incidência de TDA/H. A região afetada é a parte frontal do cérebro, que sofre desequilíbrios de neurotransmissores.
Essas crianças, com intuito de se protegerem, acabam por projetarem intenções negativas contra outras crianças. Ao contrário do que se pensava, os sintomas do TDA/H podem persistir na vida adulta em mais de 60% dos casos. E esse distúrbio normalmente desencadeasse antes dos sete anos (início da idade escolar). Por isso, à escola é o local onde geralmente começa-se a perceber alguns dos sintomas, desatenção, inquietude e impulsividade. Os meninos são os mais visados, devido apresentarem maior inquietude e impulsividade, como não conseguir ficar sentado durante a aula, mover alguma parte do corpo (mãos ou pernas) constantemente ou falar demasiadamente. No caso das meninas é mais difícil a observação, pois elas nessa fase são mais desatentas, mais tranqüilas, então não chamam tanto a atenção.
Quando uma criança é diagnosticada como TDA/H por um especialista, o tratamento proposto é quase sempre medicamentoso. E a terapia nem sempre é baseada em um único remédio. As crianças tomam dois, quatro, seis medicamentos ao mesmo tempo. Esses medicamentos são para estimular a região frontal do cérebro, que é responsável pela concentração, diminuição da inquietude e impulsividade. Mas, será que, submeter crianças ao uso de medicamentos contínuos para elas terem poder de concentração, menor inquietude é a maneira mais sensata de tratar com este problema?
Estudos recentes mostram, os benefícios da atividade física para a nossa saúde, devido à liberação de neurotransmissores que regulam desde a pressão arterial, diminuição da freqüência cardíaca até a região frontal do cérebro que recebe dopamina e serotonina (neurotransmissores responsáveis pela organização da região frontal do cérebro) que ajudam no aumento da concentração, diminuição da inquietude e impulsividade. Atividade física proporciona movimento, oportunidade de falar, de gesticular, enfim de extravasar e produzir neurotransmissores naturalmente, que ajudam a controlar alguns sintomas deste distúrbio que está atemorizando muitas famílias.
Não podemos esquecer que, existem diversos tipos e graus do distúrbio, profissionais especializados devem ser procurados para a melhor orientação. Mas levemos sempre em consideração, a atividade física orientada por um profissional e de agrado do indivíduo pode ajudá-lo a descobrir potencialidades inatas e restringir o uso de medicamentos, fazendo um bem para a sua saúde e também muito bem para o seu bolso. Sendo assim, vamos procurar celebrar uma vida mais ativa e menos dependente possível de medicamentos, pois hábitos saudáveis sempre estarão em alta e seus neurotransmissores estão prontos para serem produzidos. Boa atividade física.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Altas Habilidades e Superdotação

MODELO TRIÁDICO DA SUPERDOTAÇÃO
Envolvimento com a tarefa
Criatividade
Capacidade acima da média
Destaca um conjunto de três traços marcantes, individuais. Posteriormente, neste modelo foram incluídos três marcos sociais: a família, a escola e os companheiros.
Esta é a concepção proposta por Renzulli (1978, 1984, 1994), a partir de estudos com pessoas criativas e produtivas. Os superdotados, segundo ele, seriam aqueles que estivessem na intersecção das três qualidades. Os que apresentam componentes de duas qualidades seriam muito inteligentes e, se de apenas uma, seriam talentosos.
Atribuir-se a Guy H. Wipple a criação do termo superdotado, como uma denominação das crianças com uma capacidade superior a normal (Enciclopédia de Educação Monroe, 1920)
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996 utiliza este termo.

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.